“Temos dois internados em unidades de cuidados intensivos e 43 internados em unidades de enfermaria” o que totaliza 45 doentes associados à doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, disse à agência Lusa a responsável, à margem de uma visita realizada hoje a Santiago do Cacém (Setúbal).
Isto “significa um pouco mais que 50% na área das enfermarias e um valor ainda muito residual, de cerca de 9%, na área dos cuidados intensivos”, acrescentou.
De acordo com a presidente da ARS Alentejo, que falava à Lusa à margem de uma visita ao Centro de Vacinação Covid de Santiago do Cacém, estes valores “são controláveis em termos de pressão sobre os cuidados hospitalares” da região, que, na quarta-feira, contabilizava 1.249 pessoas infetadas com Covid-19.
No entanto, existe “uma enorme pressão nos atendimentos nas ADR [Áreas Dedicadas para Doentes Respiratórios], na questão dos testes [covid], nos cuidados de saúde primários e sobretudo para a saúde pública”, indicou.
Questionada sobre o número de surtos que existem atualmente no Alentejo, Maria Filomena Mendes referiu que existem “alguns”, sem precisar, mas afiançou que “estão controlados” e não têm as mesmas dimensões de épocas anteriores.
“Penso que [existem] alguns [surtos] em lares, mas também controlados, ou seja, não temos um surto com a dimensão que tínhamos anteriormente. Temos duas ou três pessoas infetadas”, e “rapidamente temos conseguido controlar” essas situações, “o que é extraordinariamente positivo”, sublinhou.
Apesar de considerar o número de pessoas infetadas com Covid-19 no Alentejo “muito significativo”, a responsável acrescentou que a pressão é muito menor ao nível dos internamentos em enfermaria e cuidados intensivos.
“Felizmente, não tem o impacto em termos de pressão sobre os internamentos, quer em enfermaria, quer em unidade de cuidados intensivos, que este número, extremamente elevado, poderia fazer prever”, afirmou.
Por isso, “é importante que cheguem ao processo de vacinação aqueles que ainda não foram vacinados”, apelou, alertando para o aumento de “primeiras vacinações, até de pessoas com idade muito avançada” nos centros de vacinação do Alentejo.
“As pessoas estão a faltar menos ao processo de vacinação e isso é importante, para conseguir manter os hospitais com capacidade de resposta para doentes ‘covid’ e doentes ‘não covid’, que temos de continuar a atender, quer nos centros de saúde, quer nos hospitais”, argumentou.
LUSA/HN
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