“É um rapaz, o Santiago, nasceu com 2.420 quilos e de cesariana programada e sem complicações, estando os dois, mãe e bebé, bem”, descreveu Marina Moucho, em conferência de imprensa, nesta unidade hospitalar.
O parto decorreu na quarta-feira, pelas 12:20, acrescentou.
Reafirmando que correu “tudo bem”, a médica adiantou que o parto foi feito com a mãe ligada à ECMO, um dispositivo de circulação extracorporal essencial ao tratamento de doentes críticos.
A mulher, de 35 anos, chegou sexta-feira ao Hospital São João, oriunda do Centro Hospitalar Tâmega e Sousa.
Por seu lado, o diretor de Neonatologia, Henrique Soares, explicou que o bebé “nasceu bem, a chorar e com bom peso para a idade gestacional [34 semanas]”, estando agora internado na neonatologia.
Além disso, o médico salientou que o bebé está a respirar sozinho, sem apoio, tendo os primeiros exames demonstrado estar “tudo normal”.
O bebé foi testado à Covid-19, tendo dado negativo, sendo “altamente improvável” que numa segunda testagem que vai ser feita dê positivo, sublinhou.
Henrique Soares esclareceu que o bebé terá alta hospitalar quando estiver em plena autonomia alimentar, ou seja, quando mamar sozinho.
“Não está dependente da alta hospitalar da mãe”, adicionou.
Atualmente, mãe e filho estão separados porque estando ela em cuidados intensivos não tem condições para ter consigo o bebé, aclarou.
Sobre o estado de saúde da mãe, o coordenador de Medicina Intensiva, Roberto Roncon, ressalvou que continua com Covid-19 grave e, portanto, com insuficiência respiratória, daí a necessidade de continuar ligada à ECMO, apesar de estar “acordada, colaborante e bem-disposta”.
“É corajosa e resiliente, estando a encarar tudo com otimismo”, vincou.
O médico disse ainda que estão, neste momento, a tentar organizar tudo para que ela tenha um contacto mais próximo com o filho, dado esse ainda não ter existido após o parto.
Questionado sobre se a mulher não era vacinada por opção própria, Roberto Roncon, sem falar no caso em específico, frisou que o que vai percebendo é que a esmagadora maioria das grávidas não tem reservas quanto à vacina, mas sim dificuldades no acesso à informação e muitas dúvidas.
“Vamos percebendo que, na maioria das vezes, não houve aconselhamento direto”, declarou, acrescentando nunca ter conhecido nenhuma grávida que se opôs à vacina contra a Covid-19.
LUSA/HN
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