Em comunicado, a AMCP pede, também, que as forças políticas permitam “a realização de um referendo, caso isso venha a ser legalmente solicitado pelos cidadãos” e que clarifiquem “a posição política sobre a objeção de consciência e se irão ter algum tipo de iniciativa legislativa sobre esta matéria”.
Para os médicos católicos, é “importante que os partidos políticos digam claramente ao que vão”, pois consideram que “nas duas anteriores legislaturas, muito para além do que estava explicitado nos programas eleitorais, os deputados discutiram assuntos para os quais não tinham sido mandatados pelos portugueses, nomeadamente a eutanásia, a ideologia de género ou a inseminação ‘post-mortem’”.
A associação acusa, por outro lado, o parlamento de não ter permitido “que se desse seguimento a uma das maiores petições populares aí submetidas, que solicitava a realização de um referendo popular para esta questão de consciência”.
“Não só a Assembleia da República resolveu legislar sobre assuntos para os quais não tinha legitimidade moral, como arrogantemente sabotou uma tentativa do povo em mostrar a sua vontade”, acrescentam.
Para estes profissionais, “a eutanásia é um assunto demasiado grave para que os partidos políticos não tenham uma posição definida. Diminuir a abstenção também passa por explicar aos portugueses que o seu voto poderá apoiar a vida, ou legitimar a morte induzida”.
A AMCP é uma associação fundada em 1915, com estatutos aprovados pela Conferência Episcopal Portuguesa e com associados em todo o país, sendo presidida pelo cardiologista pediátrico José Diogo Ferreira Martins.
LUSA/HN
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