Açores vão seguir regras da DGS e isolar apenas casos positivos nas escolas

21 de Janeiro 2022

O secretário da Saúde do Governo açoriano revelou na quinta-feira que as escolas da região vão adotar as normas da Direção-Geral da Saúde (DGS), que determinam apenas o isolamento dos casos positivos de Covid-19, em vez da turma inteira.

Em declarações aos jornalistas após uma reunião com sindicatos e a Ordem dos Médicos, em Ponta Delgada, Clélio Meneses avançou que “vai sair uma circular” que “aplica, na região, aquilo que foi determinado pelo Direção-Geral da Saúde” sobre o isolamento dos alunos infetados nas escolas.

“Haverá sempre aqui autonomia dos delegados de saúde, mas o princípio será esse: não fechar turmas nem escolas por haver um caso positivo ou dois casos positivos. Isolam-se os alunos e a atividade letiva mantém-se”, afirmou o governante, destacando que as medidas se vão aplicar também nas creches.

A 07 de janeiro, o responsável da pasta da Saúde nos Açores disse à Lusa que os alunos não vacinados contra a Covid-19 nos Açores ficariam em isolamento durante cinco dias se tivessem um contacto próximo de alto risco com infetados, mesmo que não habitassem na mesma casa.

Em declarações à RTP na quarta-feira, a secretária Regional da Educação dos Açores disse existirem 68 turmas em isolamento profilático, abrangendo desde o pré-escolar ao secundário, acrescentando que cerca de 350 alunos foram infetados pelo SARS-CoV-2 e várias escolas ativaram o ensino à distância.

Ontem, o secretário Regional da Saúde indicou que, com a nova norma, “deixa de existir o isolamento de turmas quando há um caso positivo”.

Clélio Meneses afirmou que está a decorrer um “tempo de mudança na pandemia”, pois se antes era “necessário acompanhar todos os casos pela severidade da doença e pela falta de proteção de vacinas”, agora só devem ser acompanhados “os casos efetivamente doentes”.

“Esta fase diferente faz com que cada vez mais se tenha de acompanhar os que precisam e não aqueles que não revelam doença, sob pena de, querendo acompanhar todos, não acompanhemos os que realmente precisam”, afirmou.

O secretário regional disse que “em nenhum país do mundo há um sistema de saúde” capaz de “acompanhar todos os casos positivos” de Covid-19, sublinhando que quem precisa “de cuidados hospitalares, obviamente tem de ter uma resposta pública”.

“Nos casos assintomáticos ou com sintomas ligeiros caminha-se para um ponto em que terão de resolver a sua vida normalmente como qualquer outra doença”, acrescentou.

A 07 de janeiro, o responsável observou que “a nível nacional, um contacto de alto risco que não seja coabitante não fica em isolamento”, considerando que tal propiciava “um maior risco de contaminação”.

“Há crianças que têm o seu melhor amigo, o colega com quem estão permanentemente e, se esse colega estiver positivo, identificado que está o contacto próximo, entendemos que deve haver isolamento”, justificou, notando que não iam ser isoladas turmas inteiras, mas os contactos considerados de alto risco na avaliação das autoridades de saúde.

LUSA/HN

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