Segundo o relatório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) sobre a evolução do número de casos de Covid-19, verifica-se agora “um desacelerar da velocidade de crescimento da incidência” de infeções, apesar de todas as regiões, com a exceção da Madeira, apresentarem ainda um Rt igual ou superior ao limiar de 1.
O valor médio a cinco dias do Rt desceu em relação ao relatório anterior de 1,21 para 1,05 no Norte, de 1,27 para 1,12 no Centro, de 1,08 para 1,00 em Lisboa e Vale do Tejo, de 1,22 para 1,10 no Alentejo e de 1,22 para 1,13 no Algarve.
Em relação às regiões autónomas, este indicador – que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de uma pessoa portadora do vírus – baixou de 1,32 para 1,19 nos Açores e de 0,96 para 0,80 na Madeira, a região com o Rt mais reduzido do país e a única abaixo do limiar de 1.
Relativamente ao número médio de casos diários nos últimos cinco dias, passou de 49.795 para os 46.911 a nível nacional e de 47.648 para 44.930 apenas considerando Portugal continental, indicam os dados do INSA.
“Verifica-se que Portugal apresenta uma taxa de notificação acumulada de 14 dias igual ou superior a 960 casos por 100 mil habitantes com tendência crescente”, refere o instituto, ao avançar que, a nível europeu, na mesma situação estão a Áustria, a Bulgária, o Chipre, a República Checa, a Dinamarca, a Alemanha, a Grécia, a Hungria, a Letónia, o Liechtenstein, Lituânia, a Noruega, a Polónia, a Roménia, a Eslovénia e a Suécia.
“Dos países analisados, Bélgica, Croácia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Espanha e Reino Unido apresentam uma tendência decrescente no número de novos casos” por registaram um Rt inferior a 1, adianta o relatório.
A Covid-19 provocou pelo menos 5.698.322 de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 20.077 pessoas e foram contabilizados 2.795.830 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante do mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.
LUSA/HN
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