Desde sábado e até às 12:30 de sexta-feira, inscreveram-se nos três centros do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) “4.916 candidatos à dádiva, tendo sido colhidas 3.808 unidades de sangue”, avançou à Lusa fonte dessa instituição.
Segundo adiantou a mesma fonte, registou-se um “aumento no número de dadores inscritos” nos centros de Lisboa, Porto e Coimbra, um reforço de dádivas que permitiu “manter a resposta aos hospitais durante esta semana”.
“Ainda assim, continuamos a necessitar de mais dádivas e mais pessoas dadoras para responder às necessidades dos hospitais, pois mantém-se as condições pandémicas”, com um elevado número de infetados e de isolamentos profiláticos, alertou o IPST.
De acordo com os dados d da Direção-Geral da Saúde, mais de 642 mil pessoas estão atualmente infetadas com o coronavírus SARS-CoV-2 e outras 660 mil são contactos em vigilância, o que eleva para mais de 1,3 milhões o número de pessoas em isolamento.
O IPST renovou ainda o apelo para que todos os potenciais dadores façam a sua dádiva, um “ato essencial para a manutenção das reservas em níveis estáveis” no país, avançando que os centros de Lisboa, Porto e Coimbra estão abertos de segunda-feira a sábado das 08:00 às 19:30.
Além disso, realizam-se várias sessões móveis de colheita de sangue ao longo dos sete dias da semana em todo o país, adiantou o IPST, ao relembrar que para ser dador de sangue basta ter entre 18 e 65 anos – o limite de idade para a primeira dádiva é os 60 anos – e ter peso igual ou superior a 50 quilos.
As pessoas candidatas à dádiva que tenham tido Covid-19 devem aguardar 14 dias após a recuperação para se candidatarem novamente, enquanto os vacinados contra com vacinas da Pfizer e da Moderna, que antes tinham de esperar sete dias, podem doar sangue sem necessidade de cumprir esse prazo, desde que se “sintam bem e estejam assintomáticos”.
No final de janeiro, o IPST alertou, em comunicado, que “a evolução da pandemia de Covid-19, nomeadamente o elevado número de contágios das últimas semanas e respetivos isolamentos profiláticos, têm conduzido a uma grande dificuldade em manter estáveis as reservas de componentes sanguíneos”.
A Covid-19 provocou pelo menos 5.710.711 de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 20.127 pessoas e foram contabilizados 2.843.029 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante do mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.
LUSA/HN
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