Epidemia de cólera mata 32 pessoas em dois meses nos Camarões

10 de Fevereiro 2022

Trinta e duas pessoas morreram de cólera em dois meses entre finais de outubro e princípios de janeiro nos Camarões, que enfrenta um "ressurgimento" da epidemia, anunciou na quarta-feira o ministro da Saúde camaronês, Manaouda Malachie.

A doença diarreica aguda, que pode matar em poucas horas se não for tratada, reaparece periodicamente neste vasto país da África Central, com mais de 25 milhões de habitantes.

“Em 1 de janeiro de 2022, a situação epidemiológica era de 1.102 casos notificados e 32 mortes”, anunciou Malachie numa declaração citada pela agência France-Presse.

Segundo o ministro, os primeiros casos do “ressurgimento” da epidemia foram detetados em 27 e 30 de outubro de 2021 nas regiões do sudoeste e centro do país. Desde então, a doença propagou-se a três outras regiões.

“Em face a este ressurgimento de casos de cólera (…), para nos protegermos (…) e, sobretudo, para evitar a sua propagação, devemos respeitar as regras básicas de higiene, porque a cólera é uma doença relacionada com a sujidade, uma doença da peri-fecal”, explicou Linda Esso, vice-diretora para a Luta contra Epidemias e Pandemias no Ministério da Saúde dos Camarões, em declarações transmitidas pelo canal público de televisão, CRTV.

O surto de cólera anterior matou 66 pessoas nos Camarões entre janeiro e agosto de 2020.

No início de 2021, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estimou que havia 1,3 a 4 milhões de casos de cólera e 21.000 a 143.000 mortes por ano devido à doença em todo o mundo.

“As vacinas seguras contra a cólera, administradas por via oral, devem ser utilizadas em conjunto com um melhor aprovisionamento de água e saneamento, por forma a limitar os surtos de cólera e promover a prevenção em áreas de alto risco conhecidas”, segundo a agência da ONU.

LUSA/HN

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