Fitch não espera aumento do desemprego na zona euro com retirada dos apoios

16 de Fevereiro 2022

A Fitch acredita ser improvável que a taxa de desemprego aumente significativamente na zona euro com a retirada dos apoios aos regimes de trabalho de curta duração, ainda que os países expostos ao turismo estejam mais permeáveis.

“À medida que o apoio do governo aos regimes de trabalho de curta duração diminui em toda a zona euro é improvável que a taxa de desemprego aumente significativamente”, antecipa a Fitch numa análise divulgada hoje.

De acordo com os analistas da agência de notação financeira, “a forte procura de trabalho e os níveis mais altos de atividade económica provavelmente irão absorver rapidamente os trabalhadores em regimes de apoio – garantindo que o número de novos desempregados permaneça limitado”.

Na análise justificam que “com a economia da zona do euro a passar o nível pré-pandemia no quarto trimestre, a atividade económica mais forte será capaz de sustentar níveis mais altos de emprego” e uma diminuição do uso dos regimes de apoio ao emprego de curta duração.

A Fitch aponta ainda o exemplo do Reino Unido, onde o desemprego não aumentou imediatamente após o fim do regime de apoio ao emprego, considerando que “é um bom presságio para a zona euro”.

Contudo, admite que nem todos os trabalhadores em regimes de emprego de curta-duração irão encontrar trabalho “imediatamente”.

“Por exemplo, em países com maior emprego no setor de turismo, que levará mais tempo para regressar aos níveis de atividade pré-pandemia, o desemprego pode aumentar particularmente sem apoio”, refere.

LUSA/HN

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