“O Hospital não está a compensar o trabalho extra que centenas de enfermeiros, de vários serviços, efetuam em dia de descanso semanal obrigatório. A instituição não atribui a folga complementar equivalente às horas de descanso em falta e que, de acordo com a lei, deve ser gozada num dos três dias úteis seguintes à prestação do trabalho extraordinário”, alerta o Sindepor, em comunicado.
Na nota, o Sindepor sublinha que “esta ilegalidade, de não atribuição de descanso complementar, já remonta ao ano passado e está a gerar grande indignação” entre os profissionais de enfermagem, nomeadamente dos serviços de urgência de obstetrícia, ginecologia, urgência pediátrica e urgência geral.
“Face ao acumular de queixas, o serviço jurídico do Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal – Sindepor enviou uma carta registada, com aviso de receção, à Direção de Recursos Humanos do hospital, em meados de dezembro de 2021, mas até ao momento não obteve resposta a essa missiva”, acusa o sindicato.
Contudo, questionada pela agência Lusa, fonte oficial do Hospital Amadora-Sintra assegurou que “respondeu à carta remetida pelo Sindepor” e que “se mantém disponível para dialogar com todos os sindicatos que representam os grupos profissionais que integram as equipas do hospital”.
“As situações pontuais reportadas ao Serviço de Recursos Humanos, e referidas pelo Sindepor, foram prontamente resolvidas, estando o HFF a diligenciar as alterações informáticas necessárias para prevenir que episódios idênticos se repitam no futuro, no estrito cumprimento da legislação em vigor e dos interesses dos seus profissionais”, declarou a mesma fonte.
O Hospital Doutor Fernando da Fonseca serve atualmente cerca de 550 mil utentes dos concelhos da Amadora e de Sintra, no distrito de Lisboa.
LUSA/HN
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