A definição de novas zonas industriais, numa lógica de fomento do desenvolvimento económico, e a dinamização e fruição do rio Cávado são outros pontos que aqueles dois municípios do distrito de Braga poderão “atacar” em conjunto.
O anúncio foi feito no final de uma reunião, em Barcelos, que sentou à mesa os presidentes das câmaras dos dois concelhos.
“Penso que, com a eleição de Mário Constantino (PSD) para a presidência da Câmara de Barcelos, esta é uma oportunidade única para estreitarmos laços entre os dois municípios, com ganhos claros para as populações”, referiu o presidente da Câmara de Esposende, Benjamim Pereira, também social-democrata.
A principal luta será a construção de um novo hospital em Barcelos, que serve também o concelho de Esposende.
Um processo que se arrasta desde 2007, quando o Governo e a Câmara de Barcelos assinaram um protocolo para a construção do novo hospital daquela cidade.
O projeto do hospital seria depois apresentado publicamente pelo então secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro.
No entanto, o processo nunca saiu da gaveta.
Na campanha eleitoral para as últimas Legislativas, o PS anunciou que o Governo, através do Plano Plurianual de Investimentos 2021/2030 do Ministério da Saúde, prevê um investimento total de 95 milhões de euros na execução do novo hospital.
Acrescentava que, até final de maio a Administração Regional de Saúde do Norte conta receber o novo programa funcional, “iniciando depois disso os procedimentos necessários à instrução de uma candidatura enquadrável no novo programa operacional regional 2021/2030”.
Embora sublinhe que não encontra “suporte em nenhuma documentação” que garanta o financiamento, o presidente da Câmara de Barcelos diz acreditar que “estão a começar a ser reunidas as condições” para que o novo hospital seja uma realidade.
“Não vamos dar descanso, tudo faremos para termos o assunto em cima da mesa, porque o novo hospital é uma necessidade absoluta”, referiu Mário Constantino.
Em julho de 2018, na Assembleia da República, foram aprovados, por todos os grupos parlamentares, quatro projetos de resolução que pugnavam pela construção de um novo hospital público em Barcelos.
Os documentos descrevem o atual hospital como “uma estrutura física antiquada, funcionalmente desequilibrada e desarticulada”, que “está longe de dispor das condições apropriadas para prestar cuidados de saúde de acordo com os melhores padrões de qualidade e segurança do Serviço Nacional de Saúde”.
A funcionar num edifício propriedade da Santa Casa da Misericórdia, o Hospital de Barcelos dá resposta a 154 mil habitantes daquele concelho e de Esposende.
LUSA/HN
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