DGS recomenda dose de reforço para pessoas com imunossupressão grave

18 de Fevereiro 2022

A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomendou na quinta-feira a administração de uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19 em pessoas que tinham sido vacinadas com a dose adicional por terem imunossupressão grave.

“A DGS recomenda a vacinação com doses de reforço em pessoas com imunossupressão grave que receberam uma dose adicional para completar o esquema vacinal primário, com o objetivo de aumentar a proteção desta população contra a covid-19”, adianta a entidade liderada por Graça Freitas em comunicado.

Segundo a mesma fonte, a vacinação com a dose adicional tinha sido anteriormente recomendada às pessoas com imunossupressão, de forma a “possibilitar um nível de proteção adequado e idêntico ao esquema vacinal inicial na população em geral”.

Em 01 de setembro de 2021, a DGS recomendou uma dose adicional da vacina contra a Covid-19 para pessoas imunossuprimidas com mais de 16 anos, com Graça Freitas a considerar, na ocasião, que se tratava de “uma nova oportunidade de vacinação” para este grupo específico.

“Isto não é um reforço. É uma dose adicional de vacina, porque pode ter acontecido que, na altura em que estas pessoas foram vacinadas, não estivessem com o seu sistema imunitário com capacidade de reagir à vacina”, explicou à Lusa a diretora-geral na ocasião.

Foram elegíveis para a dose adicional as pessoas que foram vacinadas durante um período de imunossupressão grave, nomeadamente as que realizaram transplantes de órgãos sólidos, pessoas com infeção VIH com contagem de linfócitos T-CD4+ <200/µL, doentes oncológicos e pessoas com algumas doenças autoimunes que tenham efetuado tratamentos.

Semanas depois, iniciou-se a administração da dose de reforço da vacina a pessoas com 65 ou mais anos, com a DGS a dar prioridade às pessoas com 80 e mais anos e utentes de lares e da rede de cuidados continuados.

Segundo os dados de quinta-feira da DGS, até quarta-feira tinham recebido a dose de reforço, que está atualmente recomendada para pessoas com 18 ou mais anos de idade, incluindo grávidas, um total de 5,7 milhões de pessoas.

“Para a proteção atempada, a norma salvaguarda, ainda, que a vacinação na grávida é prioritária, pelo risco acrescido de complicações relacionadas com a covid-19 neste grupo”, acrescenta ainda o comunicado ontem divulgado.

LUSA/HN

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