Em causa está a passagem de alguns serviços de Ginecologia/Obstetrícia e Ortopedia que atualmente estão na Unidade II, conhecida como antigo Hospital Distrital Vila Nova de Gaia, localizada no centro do concelho junto ao tribunal, para a Unidade I, conhecida como Hospital Eduardo Santos Silva, que fica no Monte da Virgem.
O internamento, agora designado “cirurgia mulheres”, irá para o novo equipamento no Monte da Virgem, mas as consultas de Obstetrícia e Ginecologia permanecerão no polo localizado perto do tribunal de Gaia.
Na unidade I, o novo Centro Materno Infantil de Gaia e Espinho terá serviço de urgência Obstétrica e Ginecológica, bloco de partos, bloco operatório, uma unidade de Neonatologia e Cuidados Intensivos Neonatais, dois quartos de isolamento, bem como zonas de internamento de Ginecologia, Obstetrícia, Pediatria e Cirurgia Pediátrica.
A capacidade total do equipamento é de 82 camas e 16 incubadoras.
Em resposta à agência Lusa, o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E) especificou que o bloco de partos passará de quatro para nove ‘boxes’.
O futuro Centro Materno Infantil de Gaia e Espinho, que abre a 08 de março na unidade principal do CHVNG/E, fica a cerca de três quilómetros das instalações antigas, onde se manterão algumas valências.
Na Unidade II, no centro da cidade, permanecerá a atividade de ambulatório, consultas programadas de Ginecologia, Obstetrícia e Pediatria, a unidade de procriação medicamente assistida, a Unidade Diagnóstico Pré-Natal e a consulta de Ortopedia.
Questionado sobre se esta divisão de serviços poderá obrigar a recorrer a transporte, o CHVNG/E garantiu que “os serviços de internamento ou urgência ligados à saúde da mulher ficarão exclusivamente no novo edifício hospitalar, pelo que não haverá necessidade de transporte em ambulância”.
“Foi exatamente para isto que foi construído: garantia da segurança da utente internada”, completou.
Na Unidade I, os quartos serão individuais e “com amenidades que permitem a permanência de um acompanhante desde a admissão até à alta”, concluiu.
Quanto à Ortopedia, as consultas mantêm-se na unidade no centro da cidade, mas o internamento passará para o Hospital Santos Silva, estimando-se um aumento na capacidade de 31%.
“Atualmente o serviço de ortopedia possui 41 camas de internamento. Com a mudança para a Unidade I passará a dispor de 54 camas [30 na antiga cirurgia homens e 24 no antigo internamento de otorrinolaringologia]”, especificou, à Lusa, o CHVNG/E.
A fase C de requalificação do CHNVG/E teve financiamento a 75% do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER – Norte 2020).
A empreitada teve um custo total de 14,6 milhões de euros, sendo que 11,6 foram gastos na construção da infraestrutura, 2,4 na aquisição de equipamentos e eletromedicina, e 528 mil euros em tecnologias da informação.
LUSA/HN
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