Centenas de oficiais foram destacados para o centro da capital e foram recebidos com resistência por muitos dos manifestantes, que utilizaram extintores de incêndio, projéteis de tinta, ancinhos e outros utensílios caseiros contra os agentes, disse a polícia, num comunicado.
Os manifestantes também utilizaram um ponteiro laser contra um helicóptero da polícia que sobrevoava a área.
Na operação, em que a polícia utilizou gás pimenta contra os manifestantes, três agentes ficaram ligeiramente feridos.
Pelo menos 36 pessoas foram detidas e 15 veículos e várias tendas foram removidos e apreendidos, disse o comissário da polícia neozelandesa, Andrew Coster, numa conferência de imprensa em Wellington e transmitida pela Radio New Zealand.
Coster explicou que a operação de despejo foi realizada porque “a multidão está agora menos concentrada nas questões de protesto e mais na confrontação”, bem como na necessidade de “restaurar a ordem” no centro de Wellington.
Grupos antivacinação, inspirados pelo movimento canadiano “caravana pela liberdade” e contrários à vacinação obrigatória contra a covid-19, têm ocupado a zona em redor do Parlamento desde fevereiro, principalmente em protesto contra as medidas impostas contra a pandemia.
Com uma campanha de vacinação que abrangeu 95% da população, a Nova Zelândia acumulou cerca de 100.500 casos e 56 mortos desde o início da pandemia.
No entanto, o número de infeções está a aumentar e esta manhã as autoridades indicaram terem detetado mais de 19.500 casos no país, onde se estima que o pico causado pelo surto da variante Ómicron será atingido este mês.
O Governo da primeira-ministra trabalhista, Jacinda Ardern, aplaudido mundialmente pela resposta à pandemia, começou a reabrir as fronteiras internacionais na segunda-feira, mas limitado apenas aos neozelandeses e residentes. A reabertura faseada deverá estar concluída em outubro.
LUSA/HN
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