Sindicato diz que mulheres dirigentes foram impedidas de entrar em maternidades de Coimbra

8 de Março 2022

O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Centro (STFPSC) acusou hoje o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) de ter impedido mulheres dirigentes sindicais de entrar nas duas maternidades de Coimbra.

Em comunicado, o STFPSC alegou que, durante a manhã de hoje, as dirigentes sindicais foram “proibidas de exercer atividade sindical nas instalações das Maternidades Dr. Daniel de Matos e Bissaya Barreto, tendo sido vedada a sua entrada nestes locais de trabalho”.

Estas deslocações às duas maternidades da cidade de Coimbra estavam “inseridas na programação da Semana da Igualdade”, que decorre de 07 a 11 de março, e que é promovida pela CGTP e pela Comissão para a Igualdade de Mulheres e Homens.

“As visitas foram comunicadas, atempadamente e nos termos da lei, ao Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Ao chegarem às referidas maternidades, as mulheres, dirigentes sindicais em causa, foram informadas pelos seguranças das portarias de que não tinham autorização para entrarem nas instalações, não tendo sido dada qualquer justificação”, acrescentou.

Contactada pela agência Lusa, a diretora do Departamento de Ginecologia, Obstetrícia, Reprodução e Neonatologia (DGORN) do CHUC, Teresa Almeida Santos, rejeitou que as dirigentes sindicais tenham sido impedidas de realizar a atividade sindical.

“De acordo com o presenciado por elementos do conselho diretivo do DGORN, que desconheciam a intenção de realizar esta atividade, as delegadas sindicais não foram impedidas de realizar a atividade sindical, mas apenas de circular no interior dos edifícios, tendo sido concretizado o contacto com os profissionais e entregues os folhetos no exterior do edifício”, evidenciou.

Teresa Almeida Santos explicou que “foi oferecido um espaço resguardado das intempéries, no exterior dos edifícios, para contacto com os trabalhadores, no sentido de procederem à entrega de folhetos, situação que foi recusada, tendo sido colocada uma ’banca publicitária’ no exterior, junto à entrada principal”.

“Com as limitações de acesso às instalações hospitalares e de contactos, conforme as diversas orientações e normas da DGS, não seria exequível a permissão de circulação dentro dos edifícios”, destacou.

A direção do STFPSC informou ainda que fez chegar ao Conselho de Administração do CHUC o seu protesto, por aquilo que consideram ser uma “clara violação da lei e de desrespeito pelo Dia Internacional da Mulher”, aguardando que “sejam dadas indicações a estes dois serviços para a reposição da legalidade e para permitir a concretização da atividade sindical”.

LUSA/HN

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