Queiroga disse que ambos os casos foram registados no norte do país, nos estados amazónicos do Pará e Amapá, que fazem fronteira com Suriname e Guiana Francesa.
O ministro brasileiro vinculou indiretamente essa condição de fronteira às infeções e, embora não tenha especificado que se trata de casos importados, salientou que a variante, já batizada nos meios científicos como Deltacron, “está mais presente na França e em outros países europeus”.
Segundo Queiroga, “é uma variante importante, que exige vigilância”, mas não deve gerar inquietação ou medo, pois “as autoridades sanitárias estarão alertas” e adotarão as medidas necessárias caso a situação se agrave.
Da mesma forma, o ministro ressaltou que o surgimento desses dois casos ainda não sugere que os protocolos vigentes devam ser alterados, que já terminaram em quase todo o país com as severas restrições que foram impostas nos últimos dois anos em muitas cidades e estados.
Segundo Queiroga, o aparecimento de uma nova mutação deverá levar a um maior reconhecimento da importância da vacinação e ao cumprimento do calendário vacinal dos cidadãos.
Segundo dados oficiais, até agora 84% dos 213 milhões de brasileiros tomaram pelo menos uma dose, enquanto 74% já aplicaram as duas necessárias.
O Brasil é um dos países mais afetados pela pandemia no mundo e acumula 655.249 mortes e 29,3 milhões de casos, com 171 óbitos e 11.287 infeções no último dia.
Nas últimas semanas, após uma queda acentuada na incidência, a maioria das cidades do país flexibilizou quase por completo as restrições e eliminou o uso obrigatório de máscaras ao ar livre, medida que no Rio de Janeiro foi inclusive estendida a espaços fechados.
A Covid-19 provocou pelo menos 6.011.769 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.
LUSA/HN
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