“O aumento galopante do preço dos combustíveis, a par do reduzido valor por quilómetro pago pelo Estado, tornou este serviço incomportável para esta Associação Humanitária, forçando-a a esta drástica decisão”, referem os Bombeiros Voluntários de Cantanhede, numa nota de imprensa enviada ontem à agência Lusa.
Esta decisão afetará diariamente cerca de 80 utentes e uma média mensal de aproximadamente 2.000 transportes.
“Estes são tempos extraordinários, que exigem medidas extraordinárias e urgentes”, sublinha o comunicado.
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede, no distrito de Coimbra, reivindica do Estado, há vários anos, o aumento do valor pago por quilómetro no transporte de doentes não urgentes.
Esse valor mantém-se “inalterado nos 0,51 euros desde 2012”, afirma.
“Se, nos últimos anos, este valor tem sido insuficiente para cobrir as despesas, exigindo desta associação o redirecionamento de verbas no intuito de assegurar este serviço à população, com a subida do salário mínimo e a escalada do preço dos combustíveis a que se tem assistido ultimamente, este esforço passou a ser insustentável”, frisa a mesma nota.
No comunicado, a Associação afirma que “não pode continuar a financiar um serviço que é da inteira responsabilidade do sistema nacional de saúde e do Estado português”.
Enquanto a situação não for revista e atualizada, a atividade da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede vai “limitar-se só à prestação de socorro à população do concelho em situação de emergência”.
LUSA/HN
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