Atualmente, os Estados Unidos promovem a aplicação de duas primeiras doses, seguidas de uma terceira, alguns meses depois, para todos os maiores de 12 anos.
O quarto reforço seria dirigido apenas a quem tem mais de 65 anos, a população que tem sido mais afetada pela pandemia.
A Food and Drug Administration (FDA), agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, a par dos Centros de Controlo de Doenças, teriam de aprovar este pedido da Pfizer.
Enquanto as autoridades dizem que as vacinas continuam a ser uma boa proteção para a doença severa, não tem tido tanto efeito para evitar infeções mais ligeiras, nomeadamente as provocadas pela mutante Ómicron.
Com o número de infeções a baixar após a forte onda da Ómicron, os especialistas estão a começar a olhar para o futuro, e a tentar traçar os próximos passos necessários para o eventual surgimento de uma nova variante.
Em declarações à CBS, o presidente executivo da Pfizer, Albert Bourla, revelou os planos da farmacêutica: “A proteção que estão a obter da terceira dose é muito boa para prevenir hospitalizações e mortes. Mas não é tão boa contra as infeções. Nós estamos a entregar estes dados à FDA para serem avaliados, e depois também queremos saber o que dizem os especialistas fora da Pfizer”.
A necessidade de uma terceira dose tornou-se clara quando as autoridades de saúde perceberam que a eficácia das vacinas diminuía passados seis meses, sobretudo no caso da variante Ómicron.
Muitos cientistas defendem que o objetivo principal da vacinação é prevenir doenças graves, não as infeções ligeiras.
Até agora, nos Estados Unidos, a quarta dose é recomendada unicamente para as pessoas com sistemas imunitários severamente debilitados, e que precisaram mesmo de três doses anteriores para aumentarem as suas possibilidades de obterem proteção contra o vírus.
LUSA/HN
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