Marcelo Rebelo de Sousa deixou esta mensagem num jantar oferecido pelo Presidente moçambicano, no Palácio da Ponta Vermelha, em Maputo, residência do seu pai nos tempos de governador-geral de Moçambique, entre 1968 e 1970, onde afirmou sentir-se “literalmente como se estivesse em casa”, mas rejeitou “saudade do passado”, contrapondo: “Só tenho saudade do futuro”.
O chefe de Estado português afirmou que Portugal e Moçambique estão “irmanados em combates fundamentais”, sendo o primeiro “o combate da paz”, e realçou a participação de militares portugueses, “bilateralmente e no quadro da União Europeia” em ações de formação das forças armadas de Moçambique “para garantir a vitória contra o terrorismo”, em resposta a “solicitação moçambicana”.
“Mas temos um outro combate muito importante, que é o combate da economia, que é também um combate conjunto. Não há paz duradoura se não houver a continuação de um processo de desenvolvimento económico – como aquele que Moçambique tem vindo porfiadamente a construir, e em que tantas empresas, empresários e trabalhadores portugueses participam”, acrescentou.
Em seguida, considerou que “não basta o combate pela paz e o combate económico pelas condições de paz, é importantíssimo o combate nos domínios da sociedade e da educação”, para fazer acompanhar “o desenvolvimento económico de condições sociais, também elas duradouras, para a realização da paz”.
“É muito importante ainda o combate sanitário, e esse combate também nos tem unido”, prosseguiu o Presidente português, concluindo: “Não há paz sem educação, não há paz sem condições sociais, não há paz sem desenvolvimento económico, não há paz sem saúde”.
Marcelo Rebelo de Sousa chegou na quinta-feira de manhã a Moçambique para uma visita oficial de quatro dias, a terceira que realiza a este país desde que assumiu a chefia do Estado português.
LUSA/HN
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