Segundo um comunicado da OMS, o apoio da Direção-Geral de Operações Europeias de Proteção Civil e Ajuda Humanitária (ECHO) da Comissão Europeia vai permitir à OMS impulsionar as campanhas de vacinação e aumentar a cobertura no Burundi, Camarões, República Centro-Africana, Chade, República Democrática do Congo e Guiné-Conacri.
Os outros países são a Libéria, Madagáscar, Mali, Moçambique, Níger, Nigéria, Somália, República do Sul do Sudão e Sudão.
A subvenção está também a ajudar a reforçar a capacidade dos trabalhadores da saúde para planear, coordenar e utilizar as vacinas, bem como monitorizar e documentar os resultados da implementação e investigar e relatar adequadamente quaisquer eventos adversos após a imunização.
O financiamento faz parte da iniciativa humanitária da União Europeia (UE) para a vacinação contra a covid-19 em África, que visa assegurar um maior acesso, incluindo para os mais vulneráveis, bem como para os que vivem em áreas de difícil acesso, remotas e afetadas por conflitos.
É também uma das muitas contribuições da UE e dos seus Estados-membros para a resposta à pandemia, como o apoio ao Covax – Acesso Global às Vacinas contra a Covid-19.
“Desde o início da pandemia da covid-19, a UE, os seus Estados-membros e as instituições financeiras europeias juntaram-se como Equipa Europa, contribuindo para a luta contra a pandemia em todo o mundo, apoiando em particular o continente africano”, disse o diretor-geral de Ajuda Humanitária e Proteção Civil na Comissão Europeia, Paraskevi Michou.
E acrescentou: “Além de ser um dos principais doadores do Fundo Covax, a UE apoia o fabrico local de medicamentos e vacinas, o reforço das capacidades de investigação, análise e sequenciação, bem como a melhoria dos sistemas de saúde a nível regional e nacional em África”.
A UE também forneceu um total de 100 milhões de euros em assistência humanitária para apoiar especificamente o lançamento de campanhas de vacinação em África, para ajudar a assegurar um acesso equitativo às vacinas para as pessoas vulneráveis, incluindo em áreas afetadas por conflitos ou de difícil acesso.
“A nossa forte cooperação com a OMS é fundamental para a implementação bem-sucedida deste programa”, referiu.
Estão em curso esforços para aumentar a cobertura da vacina covid-19 em África, onde apenas 15% da população está totalmente vacinada.
Até hoje, foram administradas cerca de 404 milhões, das mais de 716 milhões de doses que o continente tem recebido.
Num novo esforço para apoiar a vacinação à escala dos países, a OMS e organizações parceiras destacaram mais de 60 peritos para o terreno para formar parte das equipas de peritos nacionais.
Estas equipas estão a trabalhar para reforçar a coordenação, planeamento logístico e financeiro, incluindo microplaneamento, vigilância de eventos adversos após a imunização, bem como a absorção de vacinas e gestão de dados de stocks.
Os parceiros da OMS também estão a trabalhar com pessoas das comunidades para reforçar a confiança e a confiança na vacinação.
“Com os países africanos a esforçarem-se por expandir a cobertura da vacinação covid-19, o apoio da União Europeia injeta um impulso crucial no esforço para aumentar a cobertura no continente. A vacinação é a melhor proteção contra o impacto adverso do vírus e também evitará que novas variantes surjam e ameacem, não só a África, mas o mundo”, disse Matshidiso Moeti, diretora regional da OMS para África.
As campanhas de vacinação dão prioridade às populações vulneráveis e de alto risco, tais como trabalhadores da saúde, idosos, pessoas com comorbilidades, em particular as que vivem em contextos frágeis, afetados por conflitos e humanitários, incluindo em campos de refugiados.
“A solidariedade é a chave para acabar com esta pandemia e para reconstruir melhor. Estas não são apenas palavras. Estes princípios já foram exemplificados pelo generoso apoio com vacinas e financiamento fornecido pela União Europeia à resposta global à pandemia. Juntos na Europa, em África e não só, a OMS e a UE estão a trabalhar com parceiros locais para assegurar que a vacinação contra a covid-19 chegue aos braços de todos e que as lições aprendidas contribuam para sistemas de saúde resilientes”, disse Hans Henri P. Kluge, diretor regional da OMS para a Europa.
LUSA/HN
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