Com a aproximação do Dia Nacional do Doente com AVC, que se assinala no dia 31 de março, surgem vários alertas sobre a para a importância da reabilitação continuada após o AVC. Segundo António Conceição, presidente da Portugal AVC, “a reabilitação de um sobrevivente de AVC está dependente de dois pontos essenciais: os cuidados de fase aguda hospitalares e os cuidados de acompanhamento e de reabilitação. Estes foram significativamente afetados durante a pandemia, o que é deveras preocupante.”
O responsável frisa que “é preciso que se perceba claramente que a reabilitação, além de ser um direito, não é um custo, mas um claro investimento com retorno, que deve ser coordenado e multidisciplinar”. “O começo deste processo logo após um AVC, pode marcar a diferença entre continuar a ser um cidadão contribuinte ativo, sentindo-se útil à sociedade, ou mais um sujeito passivo da Segurança Social, por largos anos, e com prováveis problemas de saúde decorrentes, também no âmbito da saúde mental, que podem advir”.
A Portugal AVC não cessa de chamar a atenção para a importância de se assegurar a ligação a uma equipa de reabilitação coordenada e multidisciplinar, com acesso aos diversos profissionais, que trabalhe com qualidade, diferenciação e eficácia, e sem tempos preestabelecidos, para todos os sobreviventes de AVC. Tanto no imediato pós-AVC, como ao longo da sua vida.
Estima-se que Acidente Vascular Cerebral provoque cerca de 25 mil episódios de internamento por ano e seja maior causa de incapacidade em Portugal. Entre as múltiplas sequelas possíveis estão as físicas e motoras (mais visíveis), mas também as consequências na capacidade de comunicação, no campo cognitivo, psicológico, de visão, entre outros.
PR/HN/Vaishaly Camões
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