PM britânico determinado em “continuar com o trabalho” e volta a recusar demissão

30 de Março 2022

O primeiro-ministro britânico afirmou esta quarta-feira que o executivo está determinado em prosseguir com o seu trabalho, recusando novamente demitir-se após a polícia ter multado diversos funcionários governamentais por violação das restrições sanitárias decretadas no âmbito da pandemia de Covid-19.

Esta posição de Boris Johnson surge um dia depois de a Polícia Metropolitana de Londres ter informado que ia emitir 20 multas por violação das regras sanitárias impostas durante a pandemia de Covid-19 no Reino Unido na sequência de festas realizadas em edifícios governamentais, incluindo na residência e gabinete oficial do primeiro-ministro, em Downing Street.

Johnson foi hoje confrontado no parlamento pelo líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, que ao citar o código de conduta ministerial, segundo o qual os ministros que “conscientemente enganam a Câmara devem demitir-se”, lançou a questão: “Porque é que ele ainda aqui está?”.

Em resposta, Boris Johnson afirmou que “os investigadores [da polícia] devem continuar com o seu trabalho”.

“Enquanto isso vamos continuar com o nosso trabalho”, prosseguiu o governante britânico.

O escândalo em questão é conhecido por “Partygate” devido aos relatos de festas alegadamente ilegais realizadas em edifícios do Governo do Reino Unido enquanto vigoravam restrições sanitárias no âmbito da crise pandémica e que envolveram assessores do primeiro-ministro, o próprio Boris Johnson e até a sua mulher, Carrie Johnson.

A polícia disse que não iria revelar a identidades das pessoas multadas, mas o porta-voz de Boris Johnson comprometeu-se a divulgar se o primeiro-ministro receber uma notificação.

A confirmação de que funcionários do Governo violaram a lei levou a oposição a acusar o primeiro-ministro de mentir na Câmara dos Comuns quando afirmou anteriormente que nenhuma regra tinha sido desrespeitada, situação que pode levar à demissão.

A polícia não deu indicação de quando irá concluir a investigação, que se centra sobre mais de 100 pessoas e em pelo menos 12 festas alegadamente ilegais, mas disse que poderá emitir mais multas.

LUSA/HN

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