Bombardeamentos russos já destruíram 21 hospitais

9 de Abril 2022

Os bombardeamentos russos causaram estragos em 307 instalações de saúde, destruíram 21 clínicas e obrigaram a montar vários hospitais de campanha, de acordo com os dados divulgados hoje pelo ministro da Saúde da Ucrânia, Viktor Lyashko.

“Tivemos um total de 307 instalações de saúde danificadas, desde o início da guerra. Este número inclui centros de cuidados primários. Vinte e um hospitais foram totalmente destruídos e não podem ser recuperados. Terão de ser construídos novos”, indicou o governante, citado pela agência Efe.

Viktor Lyashko explicou que, tendo em conta o nível de destruição dos hospitais, os médicos “são transferidos frequentemente de um edifício para outro, que esteja intacto, para não parar o processo de prestação médica”.

O governante adiantou ainda que muitos pacientes tiveram de ser transferidos das regiões de Donestsk e Lugansk para “outros lugares mais seguros”, e que houve a necessidade de montar hospitais de campanha nas regiões mais ocidentais da Ucrânia, uma vez que, nas zonas de combate, só é possível prestar os primeiros socorros.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre os quais 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Maioria dos médicos já atingiu as 150 horas extras nas urgências

A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) avançou esta sexta-feira que a esmagadora maioria dos médicos que faz urgência já atingiu as 150 horas extraordinárias obrigatórias, reclamando “respostas rápidas”, porque “já pouco falta para o verão” e as urgências continuam caóticas.

Ordem convida URIPSSA e URMA para debater situação dos enfermeiros das IPSS

A Secção Regional da Região Autónoma dos Açores da Ordem dos Enfermeiros (SRRAAOE) formalizou esta semana um convite no sentido de requerer uma reunião conjunta entre a Ordem dos Enfermeiros, a União Regional das Instituições Particulares de Solidariedade Social dos Açores e a União Regional das Misericórdias dos Açores.

SIM diz que protocolo negocial com tutela será assinado em maio

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) anunciou esta sexta-feira que o protocolo para iniciar as negociações com o Governo será assinado em maio, esperando que ainda este ano se concretize um calendário de melhoria das condições de trabalho dos médicos.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights