A Johnson & Johnson tinha apelado em 2020 da condenação do Tribunal Superior a multas no valor de 344 milhões de dólares (cerca de 317 milhões de euros) contra a Ethicon, subsidiária da gigante farmacêutica.
Agora, o tribunal de recurso confirmou a pena em primeira instância, mas reduziu o valor em 42 milhões de dólares para 302 milhões de dólares (cerca de 278 milhões de euros).
Para esta instância judicial, confirmaram-se as evidências de que a Ethicon conscientemente enganou médicos e pacientes sobre os riscos que os seus produtos representavam, segundo noticiou o San Francisco Chronicle.
Um porta-voz da Johnson & Johnson confirmou ao mesmo jornal que a empresa vai recorreu para o Supremo Tribunal estatal.
Estes produtos são sintéticos e implantados cirurgicamente na vagina de mulheres cujos órgãos pélvicos cederam ou sofrem de incontinência urinária de esforço ou tossir, espirrar ou levantar objetos pesados.
Muitas mulheres processaram a empresa com sede em Nova Jersey, alegando que o implante causava dor intensa, sangramento, infeções, desconforto durante a relação sexual e a necessidade de cirurgia para a remoção.
Estima-se que a condição afete entre 03% a 17% das mulheres e às vezes torne-se grave em mulheres com mais de 70 anos.
A Johnson & Johnson, a maior fabricante mundial de produtos de saúde, está a contestar outras ações judiciais sobre efeitos colaterais de medicamentos, o seu papel na epidemia de opiáceos nos EUA e alegações de que o seu talco para bebés causou cancro em algumas crianças.
LUSA/HN
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