“Estou ansiosa por explorar os bons exemplos, desafios e oportunidades na eliminação da discriminação contra as pessoas afetadas pela lepra, também conhecida como doença de Hansen, e seus familiares”, disse a relatora.
E adiantou: “A minha visita centrar-se-á principalmente nas questões da discriminação estrutural e interpessoal, políticas antidiscriminatórias, melhores estratégias para a redução do estigma e desenvolvimento inclusivo sobre a população específica de pessoas afetadas pela lepra e os seus familiares”.
Alice Cruz indicou que também tenciona “identificar progressos e lacunas na implementação dos Princípios e Orientações das Nações Unidas e fazer recomendações construtivas”.
A perita irá reunir-se com representantes governamentais, organizações da sociedade civil, peritos em saúde, direito e ciências sociais, bem como pessoas afetadas, os seus familiares e as suas organizações representativas.
Irá ainda visitar várias comunidades da doença de Hansen nas regiões de Luanda e Benguela, a fim de conhecer o seu trabalho e discutir as suas prioridades.
No final da sua visita, Alice Cruz realizará uma conferência de imprensa para partilhar as suas observações preliminares, a 10 de maio de 2022, último dia desta visita.
Dados do Programa Nacional de Controlo da Lepra em Angola, divulgados a 30 de janeiro, dia mundial da luta contra esta doença, apontam para mais 1.800 casos por ano.
A mesma fonte refere que Luanda é a cidade mais afetada por esta doença, com mais novos casos.
Alice Cruz, portuguesa, tornou-se em 2017 a primeira Relatora Especial para a Eliminação da Discriminação contra as Pessoas afetadas pela Lepra e seus Familiares.
LUSA/HN
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