África do Sul poderá estar a entrar na quinta vaga da pandemia

29 de Abril 2022

A África do Sul poderá estar a entrar numa nova vaga de Covid-19, a quinta no país, mais cedo do que se esperava, admitiu esta sexta-feira o Ministério da Saúde, com base no aumento de casos nas últimas semanas.

“Nos últimos 14 dias o aumento das infeções foi contínuo, subiu de 2.000 para 3.000, 4.000 até chegar a 6.300 (novos casos) num dia”, disse hoje o ministro da Saúde sul-africano, Joe Phaahla, em conferência de imprensa virtual.

O governante acrescentou que a taxa de positividade dos testes realizados também aumentou significativamente nos últimos dias e que as admissões hospitalares registam uma tendência crescente.

Para Phaahla, estes números indicam que a África do Sul “poderá estar a entrar na quinta vaga (de contágios)” mais cedo do que esperado, já que os cientistas e as autoridades de saúde estimavam que esta só chegasse em meados de maio.

O ministro disse que nos próximos dias poderá ser possível confirmar oficialmente a entrada do país nesta nova vaga de infeções e voltou a insistir na importância da vacinação.

O país da África Austral, que desde o início da pandemia é o grande epicentro da Covid-19 no continente, é um dos locais do mundo onde foram detetadas novas linhagens da variante ómicron do SARS-CoV-2.

No dia 11 de abril, a Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou ter sob vigilância duas novas linhagens, BA.4 e BA.5, cujas mutações adicionais “devem ser estudadas mais aprofundadamente para se compreender o seu impacto no potencial de fuga à imunidade”, e mencionou a África do Sul como um dos países que detetaram a sua presença.

Até agora, a África do Sul registou cerca de 3,8 milhões de casos de Covid-19 e mais de 100 mil mortes, mas estima-se que os casos detetados sejam apenas uma pequena parte da expansão real do vírus.

A Covid-19, doença respiratória provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 no centro da China, provocou mais de 6,2 milhões de mortos em todo o mundo desde o início da pandemia.

A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.

LUSA/HN

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