“As consultas programadas […] estão a ser realizadas/ajustadas de acordo com a informação clínica disponível”, refere a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), numa resposta escrita enviada à Lusa, depois de questionada sobre a não realização de consultas programadas na Unidade de Saúde Familiar da Praça da República, em Setúbal, desde terça-feira.
Ainda segundo a ARSLVT, “fruto do ataque informático de que o Hospital Garcia de Orta [em Almada] foi alvo, e como medida cautelar, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde em articulação com a ARSLVT, vedaram o acesso à Internet das unidades de saúde dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) Almada/Seixal (Amora), Arco Ribeirinho (Barreiro) e Arrábida (São Sebastião) e procederam a um varrimento com um antivírus, de modo a detetar eventuais inconformidades no sistema, que felizmente não se vieram a verificar”.
Apesar de reconhecer o constrangimento provocado pela limitação de acesso à Internet, a ARSLVT garante que as Unidades de Saúde “estão a conseguir assegurar as consultas do dia/urgentes a todos os utentes”.
A ARSLVT esclarece ainda que “nenhuma Unidade de Saúde da região de Lisboa e Vale do Tejo foi alvo de um ataque informático, exceto o Hospital Garcia de Orta, como foi tornado público”, garantindo estar a “envidar todos os esforços para que a situação normalize o mais rápido possível”.
A ARSLVT não adianta, contudo, nenhuma data para a normalização dos serviços.
Segundo apurou a agência Lusa, na Unidade de Saúde Familiar (USF) da Praça da República, em Setúbal, não há consultas programadas desde terça-feira, alegadamente devido à inoperacionalidade do sistema informático, que depende da disponibilidade de acesso à Internet.
De acordo com informação transmitida aos utentes daquela USF de Setúbal, as consultas programadas para os últimos três dias não se realizaram e só deverão ser reagendadas, pelos próprios médicos, quando o sistema informático estiver de novo operacional.
A agência Lusa tentou confirmar eventuais constrangimentos noutras unidades de saúde dos concelhos de Palmela, Sesimbra e Setúbal, mas não foi possível obter qualquer confirmação junto dessas Unidades de Saúde ou do ACES Arrábida.
LUSA/HN
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