Comunidade escolar de Vila Real envolvida na prevenção contra o cancro

2 de Maio 2022

A comunidade escolar de Vila Real vai ser envolvida em ações de sensibilização e formação que visam alertar para comportamentos de risco na alimentação ou no sedentarismo e prevenir o cancro, foi esta segunda-feira anunciado.

As iniciativas vão ser concretizadas no âmbito de um protocolo assinado hoje entre as quatro escolas públicas do concelho, o município de Vila Real e a Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Norte.

Desde o jardim de infância até ao 12.º ano há 6.118 alunos a frequentar o ensino público em Vila Real.

Vítor Veloso, representante daquele núcleo regional, afirmou que o cancro tem “cada vez mais a ver o estilo de vida das pessoas” e, por isso, ressalvou que a “prevenção é fundamental”, que é preciso dizer “não aos comportamentos de risco” e adotar “estilos de vida saudáveis”.

“Queremos que os cancros apareçam em menor quantidade, queremos que apareçam mais tarde e queremos que eles sejam detetados precocemente. Um cancro pequeno é um cancro que é curável”, afirmou, salientando que a tendência é que a prevalência dos cancros aumente.

Nas escolas secundárias Camilo Castelo Branco e de São Pedro e agrupamentos de escolas Diogo Cão e Morgado de Mateus vão ser reforçadas as ações de promoção da saúde escolar, através de iniciativas de sensibilização, de formação e no âmbito da disciplina de cidadania.

“Nós vamos trabalhar de uma forma ainda mais articulada e provavelmente muito mais assertiva no sentido da prevenção dos casos de cancro. Começa desde já por alertar para aquilo que são os riscos inerentes ao cancro, os diversos tipos de cancro que podem existir e também eles (alunos) serem um agente de sensibilização em casa”, afirmou Helena Correia, diretora da Escola Camilo Castelo Branco.

O vice-presidente da Câmara de Vila Real, Alexandre Favaios, destacou o trabalho em rede que vai ser desenvolvido e o que “muito bom já é feito” no contexto educativo pelas equipas de saúde escolar e promotoras da educação para a saúde.

“O que estamos a fazer é a prevenção primária no sentido mais lato, ou seja, potenciar a adoção de estilos de vida saudáveis, de escolhas mais conscientes, a literacia para a saúde, para percebermos que aquilo que fazemos com o nosso corpo vai ter sempre uma fatura, seja ela boa, seja ela menos positiva”, afirmou.

Também hoje foi anunciado um reforço de 75 mil euros para o Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar, que tinha uma dotação orçamental inicial de 930 mil euros, e foram anunciadas atividades a concretizar até ao final do ano letivo, que são uma extensão do trabalho iniciado já em 2019/2020.

Estas ações visam contribuir para a melhoria do sucesso educativo dos alunos reduzindo as saídas precoces do sistema educativo, combatendo o insucesso escolar (taxas de desistência e de retenção), reforçando a equidade no acesso à educação pré-escolar e aos ensinos básico e secundário, dotando discentes e docentes de ferramentas que podem e devem ser utilizadas no seu futuro pessoal, estudantil e profissional.

“A nível do abandono escolar tivemos ótimos resultados, mas também a nível do sucesso. Estes projetos não são folclore, tiveram sempre metas que foram atingidas”, frisou Rita Mendes, da Escola Secundária de São Pedro.

A responsável defendeu a que a iniciativa tenha continuidade com projetos que tenham linhas de atuação idênticas.

LUSA/HN

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