Médicos do Centro defendem criação de um Plano Nacional para o Planeamento Familiar

12 de Maio 2022

A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) defendeu esta quarta-feira a criação de um Plano Nacional para o Planeamento Familiar, após a polémica medida de desempenho dos médicos quanto à interrupção voluntária da gravidez.

Atendendo ao impacto provocado pela pandemia no acesso e acompanhamento médico, a SRCOM exortou ontem o Ministério da Saúde a implementar um Plano Nacional para o Planeamento Familiar.

Em comunicado, os médico do centro questionam “Se há tantos utentes sem médico de família, como poderemos estar a colocar como tema de discussão as avaliações de desempenho de médicos quanto à interrupção voluntária da gravidez?”.

De acordo com a SRCOM, “a ministra da Saúde não perde uma oportunidade para responsabilizar os profissionais de saúde e, neste caso concreto dos médicos, pelas falhas no planeamento familiar.”

Citado pela nota, o responsável Carlos Cortes, considera que a com a inclusão dos indicadores IVG (abortos voluntários) na avaliação de desempenho dos profissionais “estamos a estigmatizar as mulheres que decidem interromper a gravidez e estamos a responsabilizar os médicos por uma decisão que é do foro íntimo de cada mulher”.

A SRCOM deixou fortes críticas à responsável da pasta da Saúde. “É preciso uma ministra da Saúde, não uma Ministra só da COVID-19. Há problemas graves que urge resolver de forma hábil e assertiva. Ao querer colocar o ónus da gravidez não desejada nos médicos e nos casais demonstra uma profunda desorientação do Ministério da Saúde”.

PR/HN/Vaishaly Camões

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