“O Hospital de Vila Franca de Xira, EPE, e o Ministério da Saúde fizeram tudo o que era possível fazer e o processo foi entregue há três semanas ao Ministério das Finanças, pelo que se prevê que muito em breve o processo possa ser concluído, indo ao encontro das expectativas dos funcionários do Hospital de Vila Franca de Xira, EPE”, refere uma nota da administração do hospital enviada à agência Lusa.
“Apesar de concluído o processo, por não estar aprovado o Orçamento do Estado para 2022, não foi possível dar seguimento ao mesmo, pois implicava aumento de despesa que não estava contemplado no Orçamento anterior”, explica a administração do Hospital de Vila Franca de Xira, sem adiantar nenhuma data concreta para a emissão do parecer, decisivo, do Ministério das Finanças.
Dezenas de trabalhadores do Hospital de Vila Franca de Xira, que cumprem hoje um dia de greve, concentraram-se ao final da manhã à entrada daquela unidade de saúde para exigirem a “adesão à contratação coletiva” e “semana de trabalho de 35 horas”.
“Esta concentração, e esta greve que está a decorrer no dia de hoje no Hospital de Vila Franca de Xira, deve-se ao facto de os trabalhadores estarem a exigir a adesão a um acordo coletivo de trabalho, que lhes vai permitir fazer as 35 horas, já há demasiado tempo”, disse à agência Lusa Ana Amaral, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas.
“A ausência da adesão a esse acordo significa que os trabalhadores do Hospital de Vila Franca de Xira continuam a fazer 40 horas de trabalho por semana e que não têm os mesmos direitos dos trabalhadores da função pública, criando-se aqui uma grande discriminação face aos trabalhadores dos outros hospitais EPE”, acrescentou Ana Amaral.
A sindicalista referiu ainda que está em causa um universo de centenas de trabalhadores do Hospital de Vila Franca de Xira, do setor administrativo, auxiliares de ação médica e técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, entre outros, que aguardam há cerca de um ano, “com muita paciência e com muita serenidade, pela resolução desta situação”.
LUSA/HN
0 Comments