“Aqueles que, pelas mais diversas razões saíram do país têm a oportunidade, se assim o desejarem, de regressar a casa. Essa continua a ser para nós uma prioridade”, afirmou Cravinho, durante uma receção num hotel em Londres organizada para celebrar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
O ministro representa o Governo na vista do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ao Reino Unido, na ausência do primeiro-ministro, António Costa, por motivos de saúde.
Lendo o discurso que o chefe de Governo deveria ter feito, Cravinho referiu que o executivo alargou medidas como o Programa Regressar e o IRS Jovem, para atrair “jovens portugueses que concluíram a sua formação superior” no “Reino Unido e pretendam trazer de volta esse conhecimento para Portugal”.
“Espero que estas comemorações também sirvam para identificarmos áreas em que se possam encontrar sinergias entre o trabalho desenvolvido aqui e aquilo que se faz em território nacional”, continuou.
“O sucesso dos portugueses além fronteiras reflete-se também em Portugal. O sucesso do nosso país representa também ele oportunidades para a nossa diáspora”, vincou.
O ministro e o C chegaram atrasados ao evento cerca de 90 minutos devido a um problema com o voo de Portugal.
Antes, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo, recordou que a “velha aliança” entre Reino Unido e Portugal “existe porque existe uma relação entre povos, entre pessoas, e essa relação é fortalecida pela nossa comunidade”.
“A relação não seria a mesma se não existissem portugueses que fazem com que este relacionamento seja forte e que possamos ter uma presença significativa e influência no Reino Unido”, acrescentou.
O embaixador de Portugal no Reino Unido, Nuno Brito, disse que a deslocação do Presidente da República a Londres é “expressiva da importância que Portugal reconhece a uma das maiores comunidades da diáspora portuguesa que muito tem contribuído com o seu trabalho, o seu talento e com o seu amor a Portugal para o desenvolvimento do nosso país e das relações entre o nosso país e o Reino Unido”.
Quando assumiu a chefia do Estado, em 2016, Marcelo Rebelo de Sousa lançou, em articulação com António Costa, e com a participação de ambos, um modelo inédito de duplas comemorações do 10 de Junho, primeiro em Portugal e depois junto de comunidades portuguesas no estrangeiro.
Em 2016 decorreram entre Lisboa e Paris, em 2017 entre o Porto e o Brasil, em 2018 entre os Açores e os Estados Unidos da América e em 2019 entre Portalegre e Cabo Verde. Em 2020 e no ano passado, por causa da pandemia de covid-19, Marcelo e Costa suspenderam a sua participação no 10 de Junho fora do país.
No sábado, o Presidente da República começa a manhã na Escola Anglo-Portuguesa de Londres, seguindo depois para o Royal Brompton & Harefield Hospital e almoça com representantes da comunidade portuguesa ligados às artes.
Na parte da tarde, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa visita o Imperial College – último ponto do programa oficial até agora definido. No domingo, pelas 12:00, o Presidente da República parte para Andorra.
LUSA/HN
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