Graça Freitas, que apresentou, na Casa-Museu dos Patudos, em Alpiarça, o plano de saúde sazonal “Verão Seguro”, disse que assinou o documento que permite ao mecanismo europeu doar as vacinas a Portugal.
“Vamos receber essas vacinas até ao final do mês. Temos já uma posição da Comissão Técnica de Vacinação sobre quem são as pessoas candidatas a ser vacinadas”, disse, adiantando que estão a ser trabalhadas questões como o consentimento informado.
Segundo Graça Freitas, no final do mês estará pronta uma orientação com indicações para a vacinação de contactos, que está a ser trabalhada com os clínicos, a Comissão Técnica de Vacinação e os parceiros das outras instituições.
“É uma vacinação dirigida apenas a contactos dos doentes”, disse, salientando que a quantidade de vacinas atribuídas a Portugal pela União Europeia “é suficiente” para as necessidades do país, sendo que há ainda outros mecanismos a que Portugal poderá recorrer, “se necessário”.
Portugal contabiliza um total de 317 casos, de acordo com dados da Direção-geral da Saúde (DGS).
Até ao mês passado, a Monkeypox só tinha causado surtos consideráveis na África Central e Ocidental, sendo que o continente africano relatou até agora mais de 1.500 casos e 72 mortes suspeitas, numa epidemia separada.
As vacinas nunca foram usadas em África para controlar a varíola dos macacos.
Na semana passada, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, descreveu a disseminação contínua do Monkeypox em países que nunca viram a doença como “incomum e preocupante”.
Tedros Adhanom Ghebreyesus convocou uma reunião de especialistas para quinta-feira, para decidir se o surto em expansão deve ser declarado uma emergência global.
De acordo com as autoridades de saúde, a manifestação clínica da Monkeypox é geralmente ligeira, com a maioria das pessoas infetadas a recuperar da doença em poucas semanas.
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, nódulos linfáticos inchados, calafrios, exaustão, evoluindo para erupção cutânea.
O período de incubação é tipicamente de seis a 16 dias, mas pode chegar aos 21 e, quando a crosta das erupções cutâneas cai, a pessoa infetada deixa de ser infeciosa.
LUSA/HN
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