“Agora temos de viver com o covid, por isso vamos adotar uma série de medidas, o que significa o fim da vacinação obrigatória”, afirmou o ministro da Saúde, Johannes Rauch, numa conferência de imprensa em Viena.
A estratégia de vacinação “tinha sido posta em prática num contexto diferente”, quando as unidades hospitalares estavam sobrelotadas, explicou.
“Mas a variante Ómicron alterou as regras”, disse o ministro, adiantando que “mesmo aqueles que tinham concordado em ser vacinados estão agora relutantes em receber uma nova dose”.
Segundo Rauch, a lei não é considerada pela comissão de peritos como “medicamente ou constitucionalmente necessária” e criou “uma divisão profunda na sociedade austríaca”.
Uma medida sem precedentes na União Europeia (UE), a vacinação obrigatória entrou em vigor na Áustria a 05 de fevereiro e suscitou uma forte oposição de parte da população de nove milhões de habitantes.
As multas para quem não se vacinasse iam dos 600 aos 3.600 euros.
Mas, em março, o Governo decidiu suspender a aplicação da lei, tendo em conta o menor perigo da variante Ómicron.
“Existem atualmente muitos argumentos para dizer que esta violação dos direitos fundamentais não se justifica”, defendeu a responsável pela Constituição, Karoline Edtstadler.
Atualmente, cerca de 62% da população austríaca tem um certificado de vacinação válido, percentagem que coloca o país atrás de muitos da Europa Ocidental.
Desde o surgimento do coronavírus SARS-Cov-2 no final de 2019, na China, a Áustria registou mais de 18.700 mortes.
LUSA/HN
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