Numa diretiva assinada pelo diretor nacional de Saúde, Jorge Noel Barreto, o Ministério da Saúde referiu que o país regista um aumento de casos de Covid-19 nos últimos dias e muitas pessoas com risco acrescido de complicações tomaram a terceira dose há mais de seis meses.
“Observando as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) nesta matéria, a Direção Nacional de Saúde, através do Programa Alargado de Vacinação, recomenda a aplicação de uma segunda dose de reforço de vacina contra a Covid-19 para todas as pessoas com idade igual ou superior a 12 anos, principalmente para as pessoas com mais de 60 ou mais anos e/ou com doenças crónicas”, lê-se na diretiva.
A Direção Nacional de Saúde (DNS) informou ainda que a segunda dose de reforço (a quarta) de vacina contra a Covid-19 pode ser feita 90 dias (três meses) após a primeira dose de reforço (a terceira).
Até 12 de junho, 319.469 adultos (98,0% da população) estavam vacinados com a primeira dose, 277.179 (85,1%) com a segunda dose e 46.176 adolescentes (85,9% da população estimada) foram vacinados com uma dose e 38.407 (71,4%) estavam complemente vacinados.
E a nível nacional, já se tinha aplicado um total de 81.867 (25,1%) doses de reforço em adultos, dados que as autoridades consideram ainda reduzidos e têm feito vários apelos para se tentar conseguir aumentar essa taxa.
Numa nota, a DNS esclareceu que o certificado de vacinação com a terceira dose só será válido para fins de viagens interilhas e internacionais com destino a Cabo Verde, a partir de 01 de julho, se a pessoa tiver tomado, pelo menos, uma dose de reforço há pelo menos 14 dias, independentemente do esquema vacinal inicial feito.
Para quem ainda não tomou nenhuma dose de reforço de vacina, as autoridades cabo-verdianas indicam que poderão viajar para Cabo Verde com um certificado válido de recuperação ou de teste negativo realizado nas 72 horas anteriores ao embarque ou um certificado de teste rápido de antigénio feito em 48 horas antes do embarque.
O país regista um aumento de casos de Covid-19 nos últimos dias, mas o primeiro-ministro cabo-verdiano descartou o regresso às medidas restritivas, como o uso de máscara obrigatório em espaços fechados, mas recomendou a autoproteção.
O país voltou em 06 de março à situação de alerta, o menos grave de três níveis, mantendo atualmente um nível “mínimo” de restrições devido à pandemia de Covid-19, deixando de ser obrigatório a utilização de máscara na via pública e, já no final de abril, também em espaços fechados.
Na sexta-feira, o Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) anunciou que os resultados da sequenciação genómica do vírus SARS-CoV-2 do mês de maio mostram que 100% pertence à variante Ómicron, incluindo várias sub-linhagens, nomeadamente a sub-linhagem BA.5 que é a que mais circula na Europa, sobretudo Portugal.
Até terça-feira, Cabo Verde tinha um total de 59.976 casos positivos acumulados de Covid-19, dos quais 58.428 casos recuperados da doença, 404 óbitos – o último precisamente nesse dia – e tinha 1092 casos ativos.
LUSA/HN
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