Utilizando dados nacionais de 27.334 indivíduos de 12 países europeus, investigadores da Universidade de Leeds, em colaboração com a Região Europeia da Organização Mundial da Saúde para a Europa (OMS Europa), analisaram as interações entre o status socioeconómico, educação e alimentação.
O estudo, publicado no “PLOS ONE”, mostra pela primeira vez que um nível de escolaridade mais alto parece ter um efeito mitigador sobre a dieta mais pobre nos países europeus de baixo rendimento. À medida que o nível de educação individual aumenta, as opções por uma alimentação saudável também são maiores.
A má alimentação, associada a doenças não transmissíveis, como obesidade, hipertensão e doenças cardiovasculares, constitui um dos grandes problemas de saúde em toda a Europa. Em 2018, 59% dos adultos na Região Europeia da OMS tinham excesso de peso ou obesidade. As doenças não transmissíveis são a principal causa de morte, doença e incapacidade na Região.
A autora principal do estudo, Holly Rippin, refere que “o nosso estudo mostra que o rendimento per capita e a qualidade da alimentação parecem estar relacionados. A educação pode proteger contra alguns dos efeitos
negativos, a longo prazo, da má nutrição na saúde das populações”.
A co-autora do estudo, Janet Cade, professora de Epidemiologia Nutricional e Saúde Pública da Universidade de Leeds, acrescenta: “Este foi um grande esforço de colaboração no qual participaram 12 países europeus. Esperamos que os políticos utilizem estas informações para melhorar, no futuro, a sua atuação nesta área e particularmente nos grupos mais vulneráveis”.
Wiley/AO
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