“A comissão atual da DGS para avaliar a mortalidade materna ainda não reuniu e não foram apresentados os casos”, disse Diogo Ayres de Campos aos deputados da comissão parlamentar de saúde, onde foi ouvido hoje de manhã por causa da mortalidade materna.
Questionado pelos deputados sobre as causas da mortalidade materna registada em Portugal em 2020, cuja taxa subiu para 20,1 óbitos por 110 mil nascimentos, o nível mais alto dos últimos 38 anos, Diogo Ayres de Campos admitiu que a idade da grávida condiciona o risco, mas lembrou que não houve um “aumento enorme” desta idade nos últimos anos, pelo que tal não justifica a subida dos números.
“Uma das causas, provavelmente, tem que ver com a informação às populações para saberem quando devem ir aos cuidados de saúde”, disse o responsável, admitindo que o facto de os registos serem eletrónicos podem ter condicionado um maior número de casos, insistindo para que se investigue e se tenha a certeza se todos os casos são mesmo considerados mortalidade materna.
“É preciso avaliar caso a caso, por peritos na área. Este indicador é crucial pois traduz o acesso aos cuidados de saúde obstétricos”, afirmou o responsável, insistindo que as causas “só serão claras quando houver uma avaliação de todos os casos que ocorriam”.
LUSA/HN
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