“Acredito muito nos jovens médicos e sei que posso deixar a Ordem dos Médicos melhor para eles”, declara Miguel Leão. Entre as suas propostas está a instituição de um Núcleo de Acompanhamento dos Internatos Médicos, com um médico por cada área de formação, que reportará diretamente ao presidente do Conselho Regional Norte. Desta forma, o candidato acredita que haverá uma monitorização constante da qualidade de formação e resposta imediata dos problemas. “É um assunto que vou acompanhar pessoalmente”, garante.
Miguel Leão considera também essencial sublinhar a importância dos médicos de família como os “guardiões do sistema”: “É a maior especialidade do país e tem de ser relevado o papel central na prestação de cuidados de saúde preventivos e curativos”, defende o médico, que propõe a criação de um Núcleo de Observação da Medicina Geral e Familiar, integrando um médico por cada ACES, de modo a estreitar a comunicação com o Conselho Regional e o seu presidente.
Estas são propostas nucleares no programa que Miguel Leão está a construir com o contributo de colegas médicos e que, de acordo com o comunicado, se baseia nos princípios de uma Ordem independente dos poderes políticos, verdadeira entidade reguladora da qualidade do exercício da Medicina e que defende os médicos e a dignidade da sua profissão e, por essa via, os doentes. O candidato compromete-se a criar a figura do Provedor do Doente, que será uma personalidade não médica designada pelo Conselho Regional.
Entre as ideias centrais com que Miguel Leão se apresenta está a criação de legislação específica que defina o exercício da Medicina como uma profissão de risco. “É central porque são hoje vários condicionamentos médicos, com uma enorme pressão a que a classe está sujeita, com horários muito distendidos e que vêm criando condições para o erro médico. E a qualidade de assistência ao doente é uma competência da Ordem dos Médicos”, diz o candidato.
Para Miguel Leão, a “Ordem dos Médicos representa todos os médicos, independentemente da sua relação jurídica de emprego com quaisquer terceiras entidades”, pelo que propõe estudar fórmulas de organização que permitam a criação de uma carreira médica nas unidades de saúde não integradas no SNS, e defenderá igualmente o regime de dedicação exclusiva opcional do sistema público de saúde.
Outra medida de valorização da classe passa por garantir, por via legislativa, políticas de apoio à parentalidade para os médicos, nomeadamente condições para a amamentação.
Médico desde 1984, com experiência de docência na Faculdade de Medicina do Porto, Miguel Leão acumula quase três décadas de experiência em Neuropediatria e Genética Médica. O candidato coordenou as unidades de Neurologia Pediátrica e de Neurogenética do Hospital de São João, bem como o Conselho Nacional de Ética e Deontologia Médicas da Ordem dos Médicos.
PR/HN/RA
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