Presidente chinês está imunizado com vacina chinesa

23 de Julho 2022

A China anunciou hoje que o Presidente Xi Jinping foi vacinado com uma vacina chinesa contra a covid-19 numa tentativa de tranquilizar a população quanto à segurança e qualidade das marcas nacionais, foi hoje anunciado, noticia a AFP.

Segundo a agência de notícias francesa, esta foi a primeira vez que as autoridades chinesas esclareceram se os lideres do regime comunista estavam a ser vacinados.

O gigante asiático regista atualmente apenas algumas centenas de novos casos positivos por dia, mas as autoridades estão a ter grande dificuldade em convencer a população a ser vacinada, especialmente os idosos.

A AFP refere que há muita desconfiança sobre a qualidade das vacinas chinesas, após vários escândalos.

“Todos os atuais líderes do Partido Comunista e do Estado foram vacinados contra a Covid-19 e todos eles foram vacinados com vacinas produzidas na China”, anunciou hoje o vice-ministro da Saúde chinês, Zeng Yixin, cita a AFP.

Entre os referidos líderes estão o Presidente, Xi Jinping, e o primeiro-ministro, Li Keqiang.

“Isto mostra que os nossos líderes levam a prevenção e controlo do Covid-19 muito a sério, e têm grande confiança nas vacinas anti-Covid da China”, disse Zeng.

As vacinas chinesas mais utilizadas são as do laboratório privado Sinovac e as do gigante farmacêutico estatal Sinopharm, sendo que a China ainda não autorizou a utilização de vacinas estrangeiras no seu território.

As autoridades estão a trabalhar para acalmar os receios da população, que acreditam terem sido alimentados por relatórios na Internet.

Nesse sentido, o diretor do departamento de doenças infecciosas do 301 Hospital Militar de Pequim, Wang Fusheng, veio assegurar hoje que as vacinas não causam leucemia ou diabetes e não provocam tumores.

A China continua a aplicar uma política de saúde rigorosa, em nome da proteção dos idosos, que raramente são vacinados.

Entre os maiores de 60 anos, 89,6% receberam pelo menos uma dose, mas apenas 67,3% receberam as três doses, uma taxa que cai para 38,4% entre os maiores de 80 anos, disse Zeng.

Além de reduzir drasticamente as viagens aéreas internacionais desde 2020, a China tem colocado aqueles que testam positivo sob quarentena obrigatória e decreta confinamentos localizados quando aparecem casos positivos ao novo coronavírus.

NR/HN/LUSA

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