Este estatuto é “justamente reconhecido a várias profissões, mas continua a ser negado aos enfermeiros”, salientou o presidente do SE, referindo que esta petição, lançada no final de fevereiro, é a “maior de sempre promovida na área da saúde”.
De acordo com o dirigente sindical, o trabalho dos enfermeiros desenvolvido “na linha da frente do combate à pandemia” ao longo de mais de dois anos veio confirmar que esta é uma profissão de alto risco e sujeita a um desgaste rápido.
“O reconhecimento do risco e penosidade da nossa profissão foi confirmado em plena pandemia, quando o Governo então em funções decidiu criar um subsídio temporário e transitório de risco Covid-19”, recordou Pedro Costa.
De acordo com o presidente do sindicato, a criação deste subsídio temporário veio demonstrar a “possibilidade de criação de medidas compensatórias” para a classe profissional, lamentando, porém, que se tenha tratado de um “gesto transitório”.
Perante isso, o SE exige, na petição que hoje será entregue no parlamento, que seja vertido em lei o reconhecimento do estatuto da enfermagem como de desgaste rápido, permitindo aos profissionais aposentarem-se antes da idade legalmente prevista.
A petição solicita também a atribuição deste estatuto de forma definitiva e com respetivas medidas compensatórias, alegando que a profissão está sujeita a condições de pressão e de ‘stress’ e a desgaste emocional e físico.
O texto salienta que os enfermeiros trabalham em condições adversas e por turnos, estando também sujeitos a atos de violência física e verbal nos locais de trabalho, sendo os “profissionais mais agredidos no setor da saúde” em ambiente laboral.
LUSA/HN
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