Hospitais do Oeste ultrapassam número de consultas e cirurgias antes da pandemia

22 de Julho 2022

O Centro Hospitalar do Oeste (CHO) ultrapassou o número de consultas e de cirurgias no primeiro semestre deste ano, por comparação com igual período de 2019, antes da pandemia de Covid-19, foi esta quinta-feira divulgado.

Neste primeiro semestre de 2022, foram realizadas 82.352 consultas médicas nas unidades hospitalares do CHO, mais 7.682 (+10,3%) do que em 2019 e mais 2.284 (+2,9 %) do que em 2021, divulgou a instituição em nota de imprensa.

Também o número de primeiras consultas aumentou 12% (mais 3.004) por comparação a 2021.

O tempo médio de espera para a consulta aumentou 6,8 dias face a 2021, mas “comparando com 2019, desceu de 178,3 dias para 113,5 dias, o que corresponde a menos 64,8 dias de espera”, lê-se na nota.

No bloco operatório, no primeiro semestre deste ano, foram realizadas 4.338 cirurgias, o que representou um aumento de 15% (mais 661) em relação a igual período de 2019 e mais 40,8% (mais 1.257) em comparação a 2020.

O tempo médio de espera para cirurgia diminuiu 7,5 dias entre junho de 2021 e junho de 2022.

Comparando com os dados de dezembro de 2019, a diminuição do tempo médio de espera para cirurgia “é ainda mais acentuada”, menos 63 dias de espera.

Em 30 de junho de 2022, a percentagem de utentes em lista de inscritos para cirurgia dentro do tempo máximo de resposta garantida era de 92,8%.

“O reforço do aumento da atividade assistencial é demonstrativo do profissionalismo, do empenho e da dedicação dos profissionais da instituição, que continuam focados e comprometidos em prestar os melhores cuidados de saúde à população utente, apesar dos desafios diários”, justificou a instituição.

Também as sessões do hospital de dia registaram uma subida face ao período homólogo de 2019 (mais 1.228) e 2020 (mais 582).

Nas três urgências do CHO, no primeiro semestre deste ano, houve 83.143 episódios de urgências, “um aumento muito significativo da procura em 47,9%” correspondente a mais 26.926 atendimentos do que em junho de 2021.

O CHO integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, tendo uma área de influência constituída pelas populações dos concelhos das Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.

Estes concelhos dividem-se entre os distritos de Lisboa e Leiria e representam uma população de cerca de 293 mil pessoas.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Promessas por cumprir: continua a falta serviços de reumatologia no SNS

“É urgente que sejam cumpridas as promessas já feitas de criar Serviços de Reumatologia em todos os hospitais do Serviço Nacional de Saúde” e “concretizar a implementação da Rede de Reumatologia no seu todo”. O alerta foi dado pela presidente da Associação Nacional de Artrite Reumatoide (A.N.D.A.R.) Arsisete Saraiva, na sessão de abertura das XXV Jornadas Científicas da ANDAR que decorreram recentemente em Lisboa.

Consignação do IRS a favor da LPCC tem impacto significativo na luta contra o cancro

A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) está a reforçar o apelo à consignação de 1% do IRS, através da campanha “A brincar, a brincar, pode ajudar a sério”, protagonizada pelo humorista e embaixador da instituição, Ricardo Araújo Pereira. Em 2024, o valor total consignado pelos contribuintes teve um impacto significativo no apoio prestado a doentes oncológicos e na luta contra o cancro em diversas áreas, representando cerca de 20% do orçamento da LPCC.

IQVIA e EMA unem forças para combater escassez de medicamentos na Europa

A IQVIA, um dos principais fornecedores globais de serviços de investigação clínica e inteligência em saúde, anunciou a assinatura de um contrato com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para fornecer acesso às suas bases de dados proprietárias de consumo de medicamentos. 

SMZS assina acordo com SCML que prevê aumentos de 7,5%

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) assinou um acordo de empresa com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) que aplica um aumento salarial de 7,5% para os médicos e aprofunda a equiparação com a carreira médica no SNS.

“O que está a destruir as equipas não aparece nos relatórios (mas devia)”

André Marques
Estudante do 2º ano do Curso de Especialização em Administração Hospitalar da ENSP NOVA; Vogal do Empreendedorismo e Parcerias da Associação de Estudantes da ENSP NOVA (AEENSP-NOVA); Mestre em Enfermagem Médico-cirúrgica; Enfermeiro especialista em Enfermagem Perioperatória na ULSEDV.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights