De acordo com Carlos Ramalho este foi um dos temas em que se verificaram progressos, no âmbito de um protocolo de negociação iniciado em maio e que deverá ficar concluído em 14 de setembro.
“Hoje o ministério entregou um documento que teremos ainda de analisar bem, mas algumas das propostas que fizemos estão lá”, afirmou o dirigente, referindo que uma dessas propostas é que todos os enfermeiros sejam notificados sobre a forma como decorreram os seus processos de avaliação de desempenho pelas instituições em que trabalham.
Questionado pela Lusa, o presidente do sindicato garantiu que o impacto desta medida nas carreiras dos enfermeiros será “importantíssimo”.
A atribuição de pontos e a respetiva progressão na carreira é, para o sindicato, uma matéria que deve merecer “uma clarificação abrangente” para garantir que ninguém fica de fora: “Há com certeza muitos enfermeiros que já poderiam ter progredido há vários anos e isso tem impacto nos salários”.
Os enfermeiros queixam-se de que as instituições terão usado critérios diferentes, pelo que exigem que as entidades patronais informem os trabalhadores sobre a forma como decorreu o seu processo de avaliação, uma vez que o país “é o mesmo”, frisou.
Em causa estão os percursos profissionais desde o congelamento das carreiras, em 2004.
“Queremos ver isto resolvido até 14 de setembro”, disse Carlos Ramalho no final de uma reunião com a secretária de Estado da Saúde, Maria de Fátima Fonseca, avançando que há outras matérias que gostaria de negociar posteriormente, por não estarem incluídas no presente protocolo.
Em julho, o sindicato apresentou a proposta para revisão da avaliação dos enfermeiros e manifestou-se convicto num acordo sobre a progressão nas carreiras até setembro.
Durante a manhã, também o Sindicato dos Enfermeiros (SE) esteve à mesa das negociações no Ministério da Saúde, com o qual espera chegar em breve a um acordo sobre a reposição dos pontos para efeitos de progressão na carreira.
LUSA/HN
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