Brasil autoriza uso de vacina e remédio contra Monkeypox

27 de Agosto 2022

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Brasil informou esta sexta-feira que autorizou o uso da vacina Jynneos/Imvanex, para imunização contra a monkeypox, que já tem 4.144 infetados e um morto no país.

Na prática, a Anvisa aprovou a isenção de registo para que o Ministério da Saúde possa importar e utilizar a vacina e também o medicamento Tecovirimat para o tratamento da doença em território nacional, segundo comunicado da agência responsável pela vigilância sanitária do país.

A vacina foi desenvolvida pela empresa nórdica da Baviera, é fabricada na Dinamarca e na Alemanha, e recebeu nomes diferentes nos Estados Unidos (Jynneos) e na Europa (Imvanex).

A Anvisa ressaltou que a isenção do registo da vacina, destinada a maiores de 18 anos, é “temporária e excecional”, aplicando-se apenas ao Ministério da Saúde pelo prazo de seis meses, desde que não seja expressamente revogada pela agência.

Para respaldar sua decisão, a direção da Anvisa analisou relatórios de avaliação da Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, da Agência Europeia de Medicamentos e das autoridades sanitárias do Reino Unido, entre outros documentos.

O Tecovirimat já foi lançado nos Estados Unidos e é fabricado pela multinacional Catalent Pharma Solutions.

O medicamento apresenta-se em formato de cápsula, é administrado por via oral e é recomendado para o tratamento de doenças causadas pelo Orthopoxvirus em adultos, adolescentes e crianças com peso mínimo de 13 quilos.

O Brasil é o terceiro país do mundo com mais casos de monkeypox, depois dos Estados Unidos (15.877) e da Espanha (6.284), e até agora apenas uma morte associada à doença foi relatada, segundo os últimos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O vírus foi declarado emergência sanitária internacional pela OMS em 23 de julho, o que implica o mesmo nível de alerta que foi atribuído à Covid-19.

O vírus monkeypox transmite-se por contacto físico próximo, nomeadamente com as lesões ou fluidos corporais, ou por contacto com material contaminado, como lençóis, atoalhados ou utensílios pessoais.

Na semana passada, a OMS indicou que estudos estão em curso para determinar se mutações genéticas no vírus estão na origem da propagação rápida da infeção.

A OMS avançou que “há algumas diferenças genéticas entre os vírus da epidemia atual e os vírus mais antigos” de uma sublinhagem da África Ocidental (IIb), onde o monkeypox é endémico.

LUSA/HN

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