Covid-19: Seis hotéis de Macau fecharam ao público em julho

29 de Agosto 2022

Seis estabelecimentos hoteleiros deixaram de prestar serviços de alojamento ao público em Macau em julho, mês em que o território enfrentou o pior surto de Covid-19 desde o início da pandemia, anunciaram esta segunda-feira as autoridades.

A região administrativa especial chinesa fechou o mês de julho com 115 hotéis e pensões, menos seis do que em junho, a maior queda desde que a Direção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC) começou a reunir este tipo de dados, em janeiro de 1999, ainda durante a administração portuguesa.

O comunicado da DSEC não clarifica se os seis estabelecimentos fecharam mesmo as portas ou se foram “designados para observação médica e autogestão de saúde” e, como tal, “excluídos da compilação de resultados”.

Quem chega a Macau do estrangeiro é obrigado a cumprir uma quarentena de sete dias num hotel designado para o efeito.

O presidente da Associação de Hotéis de Macau, Luís Heredia, disse à Lusa não ter conhecimento do encerramento definitivo de qualquer hotel ou pensão em julho.

Ainda assim, o empresário português admitiu que “poderá haver alguns mais pequenos, com poucos quartos”, que tenham fechado para manutenção ou encerrado temporariamente, “dada a situação de pouca ocupação”.

Em julho, a taxa de ocupação média hoteleira em Macau foi de 38,1%, menos 25,6 pontos percentuais do que no mês do ano anterior. Foi o quinto mês consecutivo de queda em termos anuais.

No mês passado, os 115 hotéis e pensões do território, com um total de 32 mil quartos, hospedaram 309 mil pessoas, menos 55,6% em termos anuais.

Macau viveu, a partir de 18 de junho, o pior surto de Covid-19 desde o início da pandemia. Durante o surto, os turistas que viessem a Macau teriam de se submeter a uma quarentena obrigatória no regresso à China continental, medida que foi levantada em 03 de agosto.

Em resultado, o número de visitantes em Macau caiu, em julho, 98,8% em termos anuais.

Macau recebeu mais de 18 mil visitantes no sábado, o número mais elevado desde que a China levantou a quarentena obrigatória a pessoas vindas da região, anunciou no domingo a Direção dos Serviços de Turismo (DST).

Também no domingo, a DST lançou, na cidade vizinha de Zhuhai, “uma caravana promocional itinerante ‘Sentir Macau, Sem Limites’” que vai passar por nove cidades da província de Guangdong.

O objetivo é atrair ao território entre 20 mil e 40 mil visitantes por dia ainda antes do período das férias do Dia Nacional da China, celebrado em 01 de outubro, disse o diretor adjunto da DST, Cheng Wai Tong, citado pela imprensa local.

A partir de 08 setembro, está ainda prevista a realização de uma “ação de grande envergadura”: a “Semana de Macau em Qingdao”, na província de Shandong, no leste da China.

Ao mesmo tempo, as autoridades anunciaram que estão a apostar no uso de plataformas ‘online’, desde redes sociais a ‘sites’ de comércio eletrónico e de agências de viagens.

LUSA/HN

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