“A qualidade da medicina do futuro depende do que, enquanto médicos, fizermos hoje em todas as instituições de saúde do país”, lê-se no manifesto da candidatura que será apresentada hoje no Porto, em Coimbra e em Lisboa, sob o mote “Temos o poder de mudar”.
Especialista em Ginecologia e Obstetrícia e atual presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos (OM), Alexandre Valentim Lourenço, 58 anos, assenta a sua candidatura às eleições para bastonário, que decorrem em janeiro, em três eixos que visam valorizar o médico, a Medicina e a Ordem.
Para o também diretor do serviço de Ginecologia no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, “a saúde depende de um sistema de saúde ágil, transparente e com uma resposta qualificada, robusta e diversificada”.
“A saúde tem de ser capaz de se adaptar entre regiões e instituições sabendo que não há soluções mágicas ou imediatas”, defende Alexandre Valentim Lourenço, que diz estar consciente dos desafios que tem “pela frente e da urgência de começar, o quanto antes, a melhorar a saúde do presente para defender a saúde do futuro”.
Dirigindo-se aos médicos, o candidato afirma que a mudança que todos querem depende de “uma Ordem mais forte, atenta, célere, capaz e empenhada em defender melhores condições de trabalho para os médicos”.
“Uma Ordem capaz de traduzir a vontade e os desejos de uma classe e restituir aos médicos o lugar que devem ocupar no sistema de saúde”, salienta.
Para o médico, “chegou a hora de agir, na certeza de que os doentes não precisam de mais modelos matemáticos, mas sim de médicos empenhados para aplicarem o seu saber e as suas capacidades com a liberdade e responsabilidade devida para obterem os melhores resultados clínicos”.
No que diz respeito ao primeiro eixo de atuação, “Valorizar o médico”, Alexandre Valentim Lourenço diz que o seu “objetivo permanente” é “repor a dignidade do médico e o prestígio da sua carreira”.
As medidas propostas visam reforçar as competências individuais, quer na sua atividade técnica e científica quer num conjunto de ações que pretendem reforçar o papel da liderança dos médicos enquanto membros ativos na sociedade, salienta.
No segundo eixo de atuação, “Valorizar a Medicina”, o candidato defende que preservar a sua qualidade deve constituir “um objetivo principal” da Ordem, que passa pela capacidade de qualificar e certificar as especialidades médicas, promovendo sempre uma Medicina de maior qualidade que dê confiança.
No último eixo, “Valorizar a Ordem”, propõe a revisão do Estatuto da OM, na sequência da prevista alteração da Lei-quadro das Ordens Profissionais, e da necessidade da sua modernização funcional, e o “reforço do fundo de apoio à formação”.
Além de Alexandre Valentim Lourenço, há mais cinco candidatos a bastonário da OM Carlos Cortes, Rui Nunes, Fausto Pinto, Jaime Branco e Bruno Maia.
LUSA/HN
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