Penny Lukito, chefe da Food and Drug Monitoring Agency, conhecida como BPOM, disse ter descoberto que a PT Yarindo Farmatama e a PT Universal Pharmaceutical Industries tinham mudado de fornecedor de propilenoglicol, um componente dos xaropes, e que o tipo que estavam a utilizar estava contaminado com outros químicos.
“Se houver uma mudança, esta deve ser comunicada à BPOM”, disse Lukito. Em casos de incumprimento, as empresas farmacêuticas estão “sujeitas a sanções administrativas sob a forma de cessação da produção, distribuição, recolha e destruição”, disse Lukito.
A agência e a Polícia Nacional descobriram que as duas empresas utilizaram propilenoglicol como matéria-prima na produção de xaropes medicinais.
Os xaropes, frequentemente utilizados por crianças, continham quantidades excessivas de etilenoglicol e dietilenoglicol. Os resultados foram baseados em entrevistas com funcionários e num exame de documentos, instalações e produtos das empresas.
Os dois produtos químicos são frequentemente utilizados em aplicações industriais e em fluidos anticongelantes e de travões.
Lukito disse que a BPOM está a perseguir acusações criminais contra as empresas.
“Os perpetradores enfrentam uma pena de prisão máxima de 10 anos e uma multa máxima de 1 bilião de rupias (64.000 dólares)”, disse Lukito.
A contaminação é suspeita de ser a causa de um pico em casos de doenças renais agudas em crianças desde o final de agosto.
O Ministério da Saúde informou hoje que houve 304 casos de lesão renal aguda em 27 províncias. A maioria dos doentes tinha menos de cinco anos de idade. O ministério informou ter distribuído 146 frascos de antídotos a 17 hospitais em todo o país.
O porta-voz do ministério, Mohammad Syahril, disse que o número de novos casos e mortes diminuiu desde que o governo anunciou uma proibição temporária do uso de medicamentos em xarope até à conclusão da sua investigação.
LUSA/HN
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