“A posição assumida pela referida empresa assenta, certamente, nalgum lapso ou equívoco, uma vez que já ocorreram, pelo menos, duas reuniões com a administração da Isopor, sendo uma, exatamente, no mês de abril de 2021”, adianta o secretário da Saúde, Clélio Meneses, numa posição enviada à agência Lusa.
A Isopor, empresa que assegura os tratamentos de medicina nuclear no hospital da ilha Terceira (HSEIT) pediu escusa de responsabilidade pelos atrasos nos cuidados de saúde, acusando o executivo regional (PSD/CDS-PP/PPM) de falta de comunicação.
Em reação, Clélio Meneses realça que, “na sequência de pedidos da empresa para rever os valores da convenção aplicada ao setor”, a secretaria da Saúde enviou uma comunicação à empresa (a 25 de agosto de 2021), não tendo tido qualquer resposta.
“Têm sido trocadas várias comunicações entre os serviços da secretaria regional da Saúde e Desporto e a referida empresa, nas quais são identificadas questões que têm vindo a ser resolvidas, mantendo-se, assim, uma relação de diálogo e respeito”, acrescenta.
O governante diz ter conhecimento de “três pedidos de reunião por parte da empresa em causa, sendo o último de 30 de outubro de 2022”.
“Considerando que grande parte das questões a abordar dizem respeito ao Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira cujo conselho de administração, conforme é público, teve alteração na sua composição, está a ser preparado agendamento de reunião entre as três partes envolvidas”, conclui Clélio Meneses.
Na declaração pública de escusa de responsabilidade, enviada às redações, o grupo Isopor critica a “inexistência de um canal de comunicação” com a administração do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (HSEIT) e com a secretaria regional da Saúde e Desporto do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), liderada por Clélio Meneses.
A empresa pede a “escusa de responsabilidade por tudo o que se relacionar com quaisquer atrasos de fornecimento dos serviços e cuidados de saúde”, incluindo os “serviços de resposta em urgência”.
Segundo referem, aqueles serviços foram “mantidos integralmente operacionais” até hoje devido à “boa-fé” da Isopor.
O grupo empresarial critica a “total ausência de reação” da administração do HSEIT e do Governo Regional aos “múltiplos correios eletrónicos” e às “múltiplas solicitações de reunião”.
Prevista na lei, a escusa de responsabilidade é um pedido unilateral onde se solicita a exclusão de responsabilidade com a justificação de não estarem reunidas as devidas condições de trabalho.
LUSA/HN
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