“Estamos em negociação direta com dois médicos”, disse à agência Lusa o presidente da autarquia, Mário Tomé (PS), acrescentando que o objetivo é que a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), gestora do hospital de Beja e de 13 centros de saúde, “os possa contratar”.
Segundo o eleito, e após os dois médicos serem contratados pela USLBA, a Câmara de Mértola irá assegurar “uma compensação, quer a nível de alojamento ou de transporte”, no sentido de os profissionais se fixarem no município alentejano.
Para Mário Tomé, a câmara municipal está a realizar este “esforço” por estar “em causa a saúde dos seus munícipes”, apesar de este ser um “papel do Governo central”.
Em comunicado enviado à Lusa, a Câmara de Mértola referiu que os problemas no centro de saúde local “se arrastam há vários meses”, com “a situação a agravar-se desde a aposentação recente de uma médica”.
Por isso, acrescentou no comunicado, “é necessário programar e acautelar situações já identificadas e que deixam a descoberto os cuidados de saúde básicos num concelho com as vicissitudes” de Mértola.
“O estado do país, a nível de Saúde, é muito mau e nunca se deveria ter deixado chegar a este nível”, reforçou Mário Tomé.
O autarca lembrou que, para minimizar esta situação, a câmara municipal já deu “um conjunto de passos” junto da administração da ULSBA e da direção do Centro de Saúde de Mértola.
O município também enviou uma missiva para o Ministério da Saúde, “com o enquadramento do ponto de situação em Mértola”, onde manifestou a sua “preocupação extrema e desagrado total” com o estado do setor no concelho.
LUSA/HN
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