Hospital da Covilhã advertido por demorar 36 horas a comunicar óbito à família

21 de Dezembro 2022

O Hospital Pêro da Covilhã foi instruído pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS) a garantir a comunicação com familiares de utentes, depois de uma pessoa ter reclamado que foi notificada da morte da mãe 36 horas após o óbito.

No documento das deliberações publicadas esta terça-feira na sua página de internet, a ERS dá nota de uma reclamação em que um homem afirma que a família da utente, que estava no Hospital Pêro da Covilhã (pertencente ao Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira), “apenas foi notificada do óbito 36 horas depois da sua ocorrência”.

Em resposta à reclamação, o Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB) reconhece “falhas na comunicação em diferentes fases do processo, que colmataram com a evidente deficiência de contacto com o familiar”.

“Efetivamente, aquando da comunicação do familiar na hora da visita, e uma vez que não se encontrava registado o contacto nem nome do familiar da doente, não se fez reencaminhamento para a enfermaria de modo a ser informado do óbito, como seria obrigatório”, notou o CHUCB, na deliberação a que a agência Lusa teve acesso.

Por outro lado, referiu, “como o registo de contacto existente no processo se referia ao lar, instituição da qual provinha a utente, não foi realizada pela médica assistente a referida comunicação com a família direta, aquando da mudança de turno, na manhã do óbito, o que está incorreto e não de acordo com o procedimento interno que regula os óbitos”.

Nesse sentido, a ERS emitiu uma instrução ao CHUCB para “garantir, em permanência, que os acompanhantes são devidamente informados, em tempo razoável, sobre a situação do doente nas diferentes fases do atendimento, garantindo especial cuidado, celeridade e correção na comunicação de informação sensível, como a de óbito de um familiar”.

Para além disso, a entidade reguladora defende ainda que a entidade tem de garantir “que os procedimentos sejam corretamente seguidos e respeitados por todos os seus trabalhadores e/ou prestadores de serviços”.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Maioria dos médicos já atingiu as 150 horas extras nas urgências

A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) avançou esta sexta-feira que a esmagadora maioria dos médicos que faz urgência já atingiu as 150 horas extraordinárias obrigatórias, reclamando “respostas rápidas”, porque “já pouco falta para o verão” e as urgências continuam caóticas.

Ordem convida URIPSSA e URMA para debater situação dos enfermeiros das IPSS

A Secção Regional da Região Autónoma dos Açores da Ordem dos Enfermeiros (SRRAAOE) formalizou esta semana um convite no sentido de requerer uma reunião conjunta entre a Ordem dos Enfermeiros, a União Regional das Instituições Particulares de Solidariedade Social dos Açores e a União Regional das Misericórdias dos Açores.

SIM diz que protocolo negocial com tutela será assinado em maio

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) anunciou esta sexta-feira que o protocolo para iniciar as negociações com o Governo será assinado em maio, esperando que ainda este ano se concretize um calendário de melhoria das condições de trabalho dos médicos.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights