A ADIFA defendeu esta quinta-feira três prioridades para 2023 no setor do medicamento em Portugal, “de forma que o setor consiga manter e reforçar a sua atividade de vital importância para o país e as pessoas”.
Em comunicado, a associação refere que há mais de duas décadas que a revisão de preço dos medicamentos em Portugal é feita “sempre com o objetivo da sua redução, sem permitir o ajustamento em função da evolução dos custos dos produtos, do seu fabrico, dos procedimentos regulamentares e da sua logística, distribuição e dispensa”.
Segundo a ADIFA, a redução sucessiva de preços “tem colocado em risco o acesso dos portugueses a este bem essencial e o serviço de interesse público desempenhado pelos diversos agentes do circuito do medicamento”. Neste sentido, considera que a primeira prioridade para 2023 deve consistir em tornar “o mercado nacional do medicamento e produtos de saúde em Portugal mais atrativo”.
Os distribuidores farmacêuticos defendem, por isso, a “atualização dos preços dos bens e serviços na Saúde, nomeadamente na cadeia de valor do medicamento, de forma a acompanhar a subida dos custos associados à inflação, aos preços dos combustíveis e energia”.
Na nota de imprensa, a ADIFA defende ainda a “a efetiva transição para as farmácias comunitárias de medicamentos para tratamento de diversas patologias que atualmente são apenas dispensados em meio hospitalar”. A medida “oferece benefícios quer às unidades hospitalares quer aos doentes e seus cuidadores, contribuindo para uma melhor gestão da terapêutica do doente e poupando recursos ao SNS e às famílias.”
Em último lugar, a associação defendeu o “o reconhecimento da distribuição farmacêutica como parte integrante da infraestrutura crítica nacional e os distribuidores farmacêuticos como entidades prioritárias em situações de emergência”.
PR/HN/VC
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