O estudo publicado no European Journal of Public Health, incluiu mais de 25 mil crianças suecas, tendo sido liderado pelo investigador da Universidade de Gotemburgo, Anton Holmgren e pela investigadora em saúde infantil e paternidade da Universidade de Uppsala, Anna Fäldt.

Apesar de o país ter sido um dos que menos implementou medidas contra a Covid-19, a incidência de obesidade em crianças com três e quadro anos aumentou.

“Embora a Suécia não tenha feito um bloqueio da mesma forma que muitos outros países durante a pandemia, a incidência de excesso de peso e obesidade aumentou em crianças de três e quatro anos e, mesmo em uma idade tão jovem, as diferenças socioeconómicas são evidentes”, observa Anton Holmgren.

A pesquisa quis avaliar o aumento do índice de massa corporal nas crianças mais novas durante a pandemia da Covid-19.

Os resultados revelaram que nas meninas, a proporção com obesidade subiu de 2,8% para 3,9% durante a pandemia. Nos rapazes, as proporções correspondentes foram de 2,4% e 2,6%.

O número de crianças do sexo feminino com três anos que apresentavam um peso classificado como “normal” reduziu de 82,6% para 80,9% durante a pandemia. Nas crianças do sexo masculino não se verificaram alterações.

Nas crianças com quatro anos de ambos os sexos foi verificado um aumento significativo do índice de massa corporal.

Os autores do estudo destacam a necessidade “de mais esforços e intervenções destinadas a prevenir a obesidade infantil, especialmente em áreas de baixo nível socioeconómico”.

HN/NR/AG/Vaishaly Camões