Em comunicado, o Grupo Consultivo Técnico da OMS sobre a Evolução do Vírus SARS-CoV-2, que se reuniu na terça-feira para analisar a situação na China, refere que as subvariantes BA.5.2 e BF.7 da variante Ómicron do SARS-CoV-2, que causa a covid-19, predominam no país, contribuindo, juntas, para 97,5% das infeções adquiridas localmente.
De acordo com a OMS, estas subvariantes “são conhecidas” e “têm circulado noutros países”, sendo que, à data, “nenhuma nova variante” do coronavírus “foi reportada pelo Centro de Prevenção e Controlo de Doenças da China”.
Os dados comunicados na terça-feira pela China ao grupo consultivo da OMS e que suportam as infeções adquiridas no país baseiam-se em mais de dois mil genomas (informação genética) recolhidos e sequenciados a partir de 01 dezembro de 2022.
A OMS, que há duas semanas renovara o apelo à China para partilhar dados, adianta que, até terça-feira, 773 sequências genéticas do SARS-CoV-2 com origem no país foram submetidas no repositório de dados público Gisaid, sendo que a maioria (564) foi recolhida após 01 de dezembro passado.
Entre a maioria das sequências genéticas tornadas públicas, 95 correspondem a infeções adquiridas localmente na China e 187 a casos importados, não havendo informação sobre as restantes.
As subvariantes BA.5.2 e BF.7 da variante Ómicron foram detetadas em 95% das infeções locais, o que, segundo o Grupo Consultivo Técnico da OMS sobre a Evolução do Vírus SARS-CoV-2, “está de acordo com os genomas de viajantes da China enviados ao banco de dados Gisaid por outros países”.
A OMS reforça que “nenhuma nova variante ou mutação de significado conhecido é observada nos dados de sequenciação disponíveis publicamente”.
O grupo consultivo da Organização Mundial da Saúde reitera “a importância de análises adicionais e da partilha de dados de sequenciação” genética para compreender a evolução do coronavírus que causa a covid-19 e “o aparecimento de mutações ou variantes preocupantes”.
No comunicado, a OMS indica que continuará a acompanhar “de perto” a situação na China e no mundo e insta “todos os países a manterem-se vigilantes, a monitorizarem e reportarem sequências” genéticas do coronavírus, bem como “a realizarem análises independentes e comparativas” das diferentes subvariantes da variante Ómicron, incluindo sobre “a gravidade da doença que causam”.
O Grupo Consultivo Técnico da OMS sobre a Evolução do Vírus SARS-CoV-2 acrescenta que está a avaliar o “aumento rápido da proporção” da subvariante XBB.1.5 da variante Ómicron nos Estados Unidos e noutros países.
A covid-19 é uma doença respiratória infecciosa provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, um tipo de vírus que foi detetado há três anos na China e que se disseminou rapidamente pelo mundo, assumindo várias variantes e subvariantes, umas mais contagiosas do que outras. Desde 11 de março de 2020 que a covid-19 é uma pandemia.
Em finais de 2022, a China, onde a taxa de vacinação contra a covid-19 é baixa e as vacinas usadas são menos eficazes, assistiu a um aumento galopante de casos.
Em resposta, alguns países começaram a impor restrições aos viajantes provenientes da China.
LUSA/HN
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